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sexta-feira, 30 de abril de 2010

RETALHOS



Busco um poema perfeito
escrito com amor e desejo
nos retalhos de meus defeitos
qual pedaços de amores
desfeitos à luz
dos meus espelhos
onde reflectem a paixão!

Ontem vivia esse amor perfeito
cheio de sorrisos e anseios
caminhando por estradas de flores
canções de amor e cores
como pássaros a arrulhar
em minhas mãos!

Por um momento pensei (e vivi)
entre nossas almofadas e sedas
que eu pudesse ter
a certeza desse amor ...
e eu acreditei em ti!

Parti-me em fragmentos
onde os pedaços qual
luzes brilhavam e eu cria
que eram estrelas iluminando
todas voltadas para mim!

Vagando sozinha
em busca de meus sonhos perdidos
me descubro sobrevivendo
trilhando novos caminhos
mas escrevendo poemas de amor!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

AS PALAVRAS BAILAM-ME


Bailam-me palavras na mente
Bailam como que embriagadas
São como água que corre contente
Fluida e fresca nas madrugadas.

E assim, por aí as vou deixando
Sigo confiante!
A tristeza elas me vão quebrando
À felicidade de tê-las, nada é semelhante.
Minhas palavras não têm fronteiras
São torrente de rio caudaloso
São meu grito, minhas companheiras
Tristes, ou alegres do meu eu saudoso.
Não calam a emoção
Deste meu pensamento livre
Nas asas trazem a ilusão
Da gaivota que em mim vive.

Minhas palavras saem em procissão
Vêm em andores de alegria ou tristeza
Palavras que me dão a mão
Têm aroma de jasmim, dele a beleza
Rezo-as na ermida
São labaredas da candeia acesa
Da infância perdida.

Saem do coração delirantes
Diamantes por lapidar
Às vezes gritantes
Com desejo de rimar

Trazem a raiva
No amor, a força e a serenidade
Não querem que ninguém saiba
Que estou morrendo de saudade.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Pensamento...

Passei dias sem produzir poesias...
Calada sem nada para transmitir
Não tive pensamento que me chamasse
A dizer coisas sobre mim.

Talvez a falta de raciocínio lógico
A (in)felicidade da vida
Ao tempo que perco.

Me pergunto se sou realmente alguém
E se sou, porque continuo sem animo?
Só, com as minhas letras a meditar.

Meu Deus que chegue rapido o meu otimismo
Para que pelo menos cresça no amor,
Na felicidade que não consegui.

Me vejo presa entre grades
O silêncio me domina
E o nada para mim é tudo.

Escrevo com o desejo de ser feliz
E me indago, se o que faço tem lógica?
Ou se é apenas ilusão e não serve
Para nada tudo o que escrevi.

O que Guardo na Alma e no Coração

O coração é um cofre aberto.
A alma, um cofre-forte.
O coração é uma caixinha frágil, permeável e volátil, à mercê das paixões.
A alma, uma caixa-forte, inviolável e segura, guardada acima do alcance de vis e vãos sentimentos.
O coração parte-se facilmente, mas refaz-se, embrulha-se de papel de fantasia, e está pronto, para nele entrarem e saírem amores de momento certo, amizades de tempo incerto.
A alma embate e resiste, é nua de disfarces, transparente de cores, invisível de matérias. Mas os danos sofridos ficam para sempre marcados a sangue vivo, visível só por dentro, perceptível por fora apenas a roçares de íntimo querer, ou de sensíveis toques de irmandade nascida...
No coração guarda-se o amor perecível, ainda que vestido de eternidade.
Na alma guarda-se a eternidade do amor, mesmo aquele que demos a quem já pereceu... a quem já passou, e só deixou o perfume, a aura, nua de presença, mas tão cheia de luz!!
No coração guarda-se a lembrança.
Na alma guarda-se a saudade.
No coração, a esperança.
Na alma, a fé.
No coração, a dor.
Na alma, a mágoa.
No coração, a paixão.

SAUDADE

Ela chega, de mansinho,
Paga tributo à penumbra,
Encosta-se, devagarinho,
Planta raízes na sombra...

Ela chega, beijo amargo,
Abraça-me como mãe triste,
Invade-me o lar do âmago,
Prova-me que a dor existe...

Ela chega, toque meigo,
Bate à porta, sem esperar,
Que o silêncio em que me deito
Se abra em flor de cortar...

Ela chega, e eu me parto,
Derramo lágrimas mornas,
No asilo do meu quarto
Conserto-me em suas formas...

Ela chega, de mansinho,
Aconchega-me os lençóis,
Traz dois cálices de doce vinho,
A prova que não há heróis...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Somos frutos de hábitos que criamos...

Somos frutos de hábitos que criamos.
Somos os detalhes de situações já vividas;
Experiências repassadas pelos nossos pais,
Situações que assistimos ou que nos contaram.
Tudo isso, forma esse ser especial,
Mas, por vezes, tão cheio de problemas,
Que somos nós, os seres humanos.


Poucos estão realmente abertos para viver novas experiências.
A maioria de nós, já tem ideias e atitudes pré-concebidas,
Preconceitos e pré-julgamentos, quadros mentais,
Que juntamos, coleccionamos e chamamos de "nossas verdades".


Irra… coisa difícil de modificar em alguém, é essa tal "verdade de cada um".
Aliás, desde o início da humanidade, ficou provado uma coisa:
- Ninguém muda ninguém que não está aberto para mudanças!
Por isso, carregamos dores pelo corpo quando nos preocupamos.
O reflexo directo das preocupações é no corpo físico.
E para complicar, carência afectiva não são visíveis no raio-X,
Raiva causa problemas em quase todo o organismo,
mas não acusa no Tomógrafo.
Não existe remédio para "cabeças duras", para a intolerância,
para a angústia de quem quer, quem não lhe quer,
ou pior: nem sabe o que quer!.


Grave isso:
Todos aqueles que resolvem que vão modificar alguém,
ou acreditam que possuem alguém,
é Sofrimento na certeza!


Pare e reflicta! ..., Se possível inverta o percurso
- Ande por novos lugares,
- Vista uma roupa diferente,
- Assista um filme, uma peça de teatro,
- Sai para rir com amigos,
- Leia um bom livro,
- Abra-se para o mundo,
- Saia desse mundinho e vá ser feliz.


Viver não dói, não é castigo.,
Castigo é se fechar em suas "verdades", é ser intolerante,
e ainda acreditar que é a vítima.
Abra-se para o mundo e vá ser feliz,
antes que o tempo se esgote,
e de te, restar apenas, uma vaga lembrança.
Aproveite, o dia é todo seu e cheio de esperança.

Viver

A vida é uma incógnita moldável…
Uma incógnita nos acontecimentos,
Uma incógnita ate nos nossos próprios pensamentos!
Na vida nada podemos conceber,
Devemos apenas viver…

E como é viver bem?

Viver bem é sermos nos próprios,
Seguindo sempre os nossos horizontes…
Apesar dos cruzamentos,
Que nos possam surgir em certos momentos!
Cruzamentos provenientes de maldades do inimigo,
Cruzamentos que tentam tirar-nos o sentido…
Os nossos passos devem ser dados sem olhar para as manipulações,
O nosso SER deve ser a melhor das sensações.
E um dia o Sol brilhará,
Da maneira menos inesperada,
Da maneira jamais idealizada…
Não deixes a maldade entrar no teu mundo,
Vive o bem em qualquer segundo
E acordarás um dia feliz por tudo aquilo que deixaste na mente de qualquer Ser,
Acordarás e perceberás o que é afinal viver!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Apesar de...

Apesar de sonhar até mesmo o impossível
Apesar de sorrir sem ao menos ter motivos
Apesar de cantar para disfarçar o pranto
Continuo a afirmar que a felicidade existe...

Apesar de acreditar e as vezes ser traída
Apesar de gostar e não ser correspondida
Apesar de falar e não ser compreendida
Continuo a acreditar que a amizade existe...

Apesar do sol nem sempre estar presente
Apesar da brisa transformar-se em vento forte
Apesar da chuva muitas vezes ser agressiva
Continuo a admirar o esplendor da natureza...

Apesar de conviver com tantas dúvidas
Apesar de me perder nas incertezas
Apesar de viver em eterna busca
Continuo a agradecer o dom da vida!

domingo, 25 de abril de 2010

No meu percurso...


Eu, embora extenuada,
prossigo no percurso 
dessa estrada.
Mesmo estando arfante,
lentamente distancio-me 
do meu início... 
Não sei se longe estou 
do desafio desse percurso;
Mas ultrapassar as barreiras,
faz-me mais inteira.
E por isso,
caminho...
Mesmo a querenar vou navegando 
na trajetória da vida,
frágil e esperançosa!
Ainda que a "sobrecarga" me faça ofegar... 
e eu pareça menos ágil,
a essência do que sou 
permanece em mim.
Nessa caminhada,
eu quero e preciso amar!

Para Alem do Infinito





Além da Terra, além do Céu,
Na tranquilidade do infinito,
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastro dos astros,
na magnólia das nebulosas.

Além, muito além do sistema solar,
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!

vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente,
acima das gramáticas e do medo
e da moeda e da política,

O verbo amar,
O verbo sentir,

A razão de ser e de viver.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

" A Quem..."










A quem eu vou
dizer que eu amo?

A mim?
Às estrelas?
Ao universo?
A Deus?

Não sei.

Mas, eu sei que amo.

Amo os meus
próprios passos...
Certos e incertos.

Palmilhados, percorridos
Nas trilhas desta vida
que percorro...

Nas trilhas dos encantos,
que encontro.

Nas trilhas desta vida
onde me perco,
de vez em quando.

Eu sei a quem.
A mim...
Apenas para dizer
Que eu sinto...
que eu amo.

A mim,
A ti,
A vida,
Ao amor.

A quem o amor ama.

Ou seja: a qualquer um
que seja capaz de senti-lo,
Assumi-lo, e a dá-lo a
quem o pede, a quem o busca
e a quem o quer.
07/12/10

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar essa pessoa dos nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonha com aquilo que quiseres.
Seja o que tu queres ser,
porque agora tu possui apenas esta vida
e nela só se tem uma chanse
de fazer aquilo que se quer.

Tenha muita felicidade para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Só se tem sucesso na vida
quando se perdoa os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções
deixamos durante uma eternidade.
A vida não é uma brincadeira,
mas podemos fazer dela a nossa mais bela brincadeira
e porque num belo dia se morre.

A lágrima tem cor?



Por que a lágrima não tem cor!
Enquanto chorava, me pus a pensar.
Se fosse vermelha como sangue,
as minhas vestes poderiam manchar

Se a lágrima fosse amarela,
a cor da alegria,
expressar tristeza jamais poderia.

Se fosse azul,
a cor da serenidade,
eu não choraria jamais.
Seria só tranquilidade

Se fosse como pétalas de rosas,
não seriam lágrimas...
Mas pérolas preciosas.

Ainda mais uma vez
fiquei me questionando...
Por que a lágrima não tem cor!
Se ela fosse preta,
só expressaria o horror

Por que será que a lágrima não tem cor?
A lágrima não tem cor...
Porque nem sempre exprime dor.

E se ela fosse roxa, como poderia
expressar a alegria

As lágrimas não têm cor
porque são expressões da alma.
Quando o espírito está chorando,
o coração diz: tenha calma!

Se a lágrima tivesse cor
deveria ter a cor do amor.
Ou mesmo a cor da paixão,
que as vezes invade o coração.

Ou talvez a cor da tristeza
que abala a alma e tira a calma,
mas faz em meu ser uma limpeza.

A lágrima não tem cor,
porque ela nos aproxima do nosso Criador.
Se a lágrima tivesse cor,
eu só iria chorar de alegria.

Mas, e a lágrima da saudade?
De que cor ela seria?
E a lágrima da decepção,
de que cor seria então?

Se a lágrima tivesse cor
deveria ter a cor de um brilhante.
Como a lágrima é preciosa,
Deus deu-lhe a cor do diamante.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Olhos da cor do Mar















Olhos da cor do Mar

deixo ser o meu ser

fragilidades enroladas
numa onda de mar breve,
em mar imenso

olho esses olhos
e faço-os viajar

por dentro

pequeno barco
em largo mundo

olho-os
fitam-me

no que não dizem
não pensam
não sabem

revelam-se azuis
extensos

dou mãos à nostalgia futura
à impotência
de os agarrar
de os salvar
do impossível desconhecido
tão certo como errado
construído hoje
em amanhãs incertos

nado-lhes o mistério
de o serem
ainda assim
enormes
vastos como um universo calado.

olho esses olhos
chorados
salgados
coloridos de algas

embrulhados em sonhos
em vidas
em fingimentos

ternuras vindas
aceites
fugidas
dissimuladas
sentidas
temidas
caladas
ausentes
presentes
desejadas
contrariadas
imprevistas
incertas
certas

acontecidas

olho-os e deixo ser o meu ser

fragilidades enroladas

numa onda de mar longa,
em breve, breve mar.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Era uma vez uma menina





   Era uma vez...
           Era uma vez uma menina. Não uma menina comum, mas uma menina que tinha uma fantasia. Uma fantasia ilusória. Dormia e acordava no seu espaço reservado para sonhar. Espaço aleatório ao que vivia. E que sentia.
           Era uma vez uma menina que sonhava. Sonhava acordada olhando o céu, quando o céu estava azul e quando o céu estava de todo cinza. Mas sonhava em ser a primavera com suas cores e flores. E na sua dor imaginava um pássaro. O bem te vi que cantava nas suas manhãs, junto à sua janela transparente, onde ela olhava o mundo através do brilho dos seus olhos. Um brilho que contrastava com as cores de um prisma em direção ao sol. Esses olhos é que a fazia sonhar com o mundo paralelo à sua vida, seu carisma.
           Tinha os olhos castanhos como o mel pequenos, vivos, exprecivos, a espreitar os detalhes, dos movimentos reais.
         Em seus sonhos havia um menino. Um menino azul, vindo do sul, vindo do nada, e do nada, ela sorria, como se a vida fosse um teatro, o cenário um jardim, e as chuvas, as sombras, as folhas seu mundo irreal.
         Em seus sonhos havia também uma dançarina feita a nectarina de uma flor. Uma dançarina, como aquelas que desenham a música, usando o corpo para iluminar o tom da terra e o mar. Dançarina feita à lua que passeia pelo céu iluminado, feito um candeeiro aceso para clarear seus passos infindáveis. Passos que falam, passos que levitam e a leva nos lugares misteriosos e infinitos. Uma dançarina que imitava o vento no seu movimento quase invisível. Perfeita sintonia serena entre o ser e o estar de cada lugar inexistentes em seus sonhos.    
           Era uma vez uma menina que gostava de pássaros,pássaros, pássaros inquietos e verdes, pássaros anjos. Pássaros de todas as cores. Voava com suas asas brilhantes feito com o pó das borboletas coloridas. Alcançava as alturas, chegava perto das estrelas.
           Mas essa menina de cabelos castanhos lisos, de olhos castanhos mel que andava descalça ,que brincava com as conchas do mar, tomava banho de chuva, subia em árvores, brincava de bonecas e fazia barquinhos de papel para a correnteza levar seus lindos sonhos a algum lugar imaginário, um dia cresceu.
          Virou gente e resolveu escrever... Escrever o que não se lia em livros didáticos e pedagógicos. Escrever sua poesia e magia de viver eternamente com o coração.
           Escreveu... Escreveu... Escreveu... Até o céu escurecer e a madrugada levar seu sonho de menina. Escreveu até seu sono chegar e adormecer nos braços da ventania que a levava  para bem longe, onde o lugar e o tempo não existiam. Onde seu espaço era como uma clarabóia clandestina que se avistava de um navio. E por lá ela partiu, deixou pensamentos e incógnitas que seriam resolvidos ao longo desses anos. Hoje ela lembra com saudades. Saudades de um tempo que não volta mais, mas que está marcado em seu rosto suave e no seu sorriso, a esperança de ser feliz.

domingo, 18 de abril de 2010



A arte é a expressão plástica do espírito
E o meu, livre, infinito e criativo manifesta-se com o ar
Como um grande véu nas mãos a dançar no vento
Muda suas formas, muda de direção sem hesitar.

É urgente, mas sabe esperar quando há calmaria
É fino, sutil, mas tecido por fibras fortes...
Não se aprisiona, dança a melodia dos ventos
Vaga pelo céu e chão...
Suja-se de lodo e é purificado pelas chuvas...
É pisado, acariciado...
Envolvente e aconchegante.

Meu espírito dança, voa, rodopia.
Cria e recria-se diariamente...
Cria laços, elos, nós.
Quanto mais forte mais brilha
Se tão só, desatina.

O só não é a falta de presença
Mas a presente falta de si mesmo.
E toda falta é sombria, seca, vazia.
A vida é a arte de estarmos cheios, de nós mesmos.

Estou me habitando.
Sou minha melhor inquilina...
E em mim, só entra quem eu deixar.
Teço a teia de minha própria vida; hoje

Minha expressão é a melhor
É moldada pelas estrelas, vento e chuva
É a expressão mais pura
Antiga e sagrada canção de adoração em coro
De muitas almas e vidas que, em equilíbrio,
Fazem de um pano velho, virar ouro.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O QUE O AMOR PODE CAUSAR …

O que o amor pode causar?
Ele acaba com a dor
E dá adeus ao mal estar.

O que o amor pode causar?
No olhar as lágrimas se vão
E os sentimentos de pesar.

O que o amor pode causar?
O medo e a dúvida afugenta
E dá lugar ao som do mar.

O que o amor pode causar?
Estava só eu, sem ninguém,
Que conseguisse me ajudar;
Mas veio o amor e aí parou

No meu semblante um olhar...
Um olhar de amor,
De gratidão,
E então eu passei a amar.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Há palavras que nos beijam...



Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
apaixonadas que nos elevam e salvam

Palavras nuas que beijam
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
que em  beijos e abraços se enlaçam.



quarta-feira, 14 de abril de 2010

AMANHÃ É OUTRO DIA















É noite escura, trevas no firmamento,
Há frio à minha volta, coisas de Outono,
Sinto os pés molhados, chove neste momento,
Devo dormir e não posso, divago em meu abandono.

Revolta inexiste, sinto-me abençoada,
Há flores no meu jardim, silêncio na madrugada,
Cerro os olhos, vejo a alma, iluminada em meu intimo,
Uma estrela cintilando, do Criador um mimo.

Percebo que a solidão jamais me acompanhou,
Mesmo ao sentir-me só, nunca estive sozinha,
Sou contemplada com bênçãos que superam qualquer dor,
Brinda-me a Esperança, filha mais velha do Amor.

Conto as minhas derrotas como troféus de vitórias,
Já que todas me serviram tão só para evoluir,
Sei que a vida é eterna e tão repleta de glórias,
Terei tudo que mereço, a luz do sol no porvir.

A fé que trago em meu peito suplanta todo receio,
Tenho a coragem nata, meu sorriso contagia,
Tenho na mão uma espada que elimina todo mal,
Sou menina, sou mulher, sou amada, sou poesia.



Espero ansiosamente um novo dia
A hora em que a esperança nasce
Explode em salmos de alegria
Porque um novo tempo renasce

É o tempo da esperança
Que vivemos dia a dia
É tempo novo, tempo de mudança
Tempo de amor e alegria

Há felicidade e beleza
Não há medo nem receio
Há o ser, o carácter e a nobreza
Há amor que gota a gota saboreio.

Um Pára e Pensa e Toma Consciência.




Deixa o amor se tornar sua qualidade


Torne-se um amante - não de uma pessoa em particular, mas um amante em geral. Deixe o amor se tornar tua qualidade, não apenas um relacionamento com uma pessoa, pois sempre que o amor se torna um relacionamento ele inclui um Ser e exclui todo o Universo.


Essa troca - incluir alguém e excluir o Universo - é bastante perigosa, pois pode trazer-te sofrimento, visto que todo o Universo te pertence e tu pertences a ele. Não limites as tuas fronteiras. O Universo inteiro jorra amor em ti, e não responder a isso é um gesto de ingratidão. Não adormeças a tua mente.


Portanto, ame o sol, a lua, as estrelas, as árvores, os rios, as montanhas, as pessoas, os animais - simplesmente seja um amante e deixe que o todo seja seu amado. É exactamente isso que faz uma pessoa ser religiosa.


Quando seu amor se espalha por todo o espaço, quando não conhece fronteiras, quando nada o confina, quando ele é ilimitado, quando não se concentra em nada em especifico, mas é apenas um estado de Ser, aí o amor é uma oração, aí o amor é meditação, aí o amor é libertação.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Numa Taça de Cristal “Metamorfose”

















Uma taça de cristal vazia
vazio também o coração
transporto-me na fantasia
buscando nela um naco de compaixão

Pinto um arco iris no céu
envolvo-me em sete cores
no devaneio faço um escarcéu
cubro em silêncio as dores

No vermelho busco paixão
com laranja escrevo a canção
pinto um sol em amarelo
os olhos se acendem e enxergo o belo

No verde encontro esperança
no azul o herói que me contagia
e me contempla com olhar anil
e deixa-me ávida pela vida ... febril

Desperta o sutil com o violeta
e a luz explode afinal
renasce a alma em alegre borboleta
sobrevoa em sete cores a taça de cristal.

Águas em Abril

Águas se fundem com o pranto,
percorrem todos os cantos,
desaguam os encantos
em oceanos salgados,
pardacentos, insensatos,
provocando dor e ferida
em quem se encantou pela vida...


Chegam de improviso
mutilando sorrisos,
tornando-se arrastão...
Devastam sentimentos
exterminando os momentos,
transbordando as ilusões...


E a água, fonte da vida,
desta vez não foi guarida,
mas traiçoeiro alçapão...
De bendita à maldita,
mostrou uma força bandida
vinda de supetão...
Soterrando inocentes,
produzindo grande enchentes
dentro de cada coração...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A Um verdadeiro Amigo “Meu Anjo da Guarda”




Se eu desistir, e você estiver por aqui,
Por favor, não diga nada, apenas segue comigo.
E onde o obstáculo for maior,
Sua mão será minha guia,
Construindo pontes, onde nada havia.

Se eu chorar, e você estiver por aqui,
Por favor, não tente me consolar, antes, silencia.
Deixe a emoção que não cabe mais em mim,
Falar através das lágrimas, ainda que pareça não ter fim.

Se eu rir assim, do nada, sem motivo aparente,
E você estiver por aqui, não me julgue mal,
Apenas sorria, e acredite que sou normal.

Se eu me apaixonar e você estiver aqui,
Deixe-me viver essa ilusão da chama da paixão,
Ainda que me queime, que doa o coração,
Compreenda; o amor que ainda não amadureceu,
É cego, surdo e mudo diante da razão.

Se eu te magoar, perdoe,
Se te ferir, me repreenda,
Se te abandonar, entenda,
Se não te procurar, compreenda.
Por a mágoa ser muita e o apoio pouco, entenda

Sou uma exploradora imatura deste mundo,
E me perco no caldeirão das emoções que crio,
Com meus actos inseguros.
Sou vítima das minhas emoções,
Carente de razão,
E por vezes, enlouquecida, movida apenas pela paixão.

Por isso, meu amigo da eternidade,
Só mesmo tu para me entenderes,
Sem se apegar a minha idade,
Sem cobrar a maturidade.

Ainda que eu não o procure, tu sempre me encontraras.
Ainda que eu não pergunte, terás sempre a resposta,
Ainda que eu me revolte, sempre me perdoaras,
Ainda que eu vire as costas, tu sempre me esperaras...

Nesse caminho escuro, és a minha luz,
Em tudo lhe dou graças, eterno amigo MEBAHEL.


Em cada casa há um caso
Cada caso um caso sério
Cada sério tem seu caso
Cada caso o seu mistério
Todo mundo tem um caso
Todo caso é encoberto
E não se sabe por acaso
Quando um caso é descoberto
É preciso ter coragem
Para assumir tanto mistério
Nem que seja uma bobagem,
Brincadeira ou despautério
E quem nunca teve um caso
Tá louquinho para ter um
É melhor ter com atraso
Do que nunca ter nenhum.

domingo, 11 de abril de 2010

Diferença... Amor Amizade

Perguntei a um sábio,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...

O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.

O Amor nos dá asas,
a Amizade o chão.

No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.

O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.

Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.

Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do meu coração.

sábado, 10 de abril de 2010

Fácil e o Difícil

Falar é completamente fácil,
quando se tem palavras em mente
que expressem nossa opinião

Difícil é expressar por gestos e atitudes o que
realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá.

Fácil é julgar pessoas
que estão sendo expostas
pelas circunstâncias.

Difícil é enfrentar e reflectir
sobre os nossos erros,
ou tentar emendar
algo que já fez de errado.

Fácil é ser colega,
fazer companhia a alguém,
dizer o que ele deseja ouvir

Difícil é ser amigo para todas as horas
e dizer sempre a verdade quando for preciso.

Fácil é demonstrar intolerância e impaciência
quando algo o deixa irritado.

Difícil é expressar o nosso amor a alguém
que realmente te respeita e te entende.
sem que para isso tenhamos de perder
pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos
o que tentamos camuflar.

Difícil é mentir para o nosso coração
.
Fácil é ver o que queremos enxergar.

Difícil é saber que nos iludimos
com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar,
mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai?"

Difícil é dizer o "adeus".
Principalmente quando somos culpados
pela partida de alguém de nossas vidas...

Fácil é abraçar, apertar as mãos,
beijar de olhos fechados.

Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo
como uma corrente eléctrica
quando encontramos a pessoa certa
.
Fácil é querer ser amado.

Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver,
sem ter medo do depois.
Amar e se entregar.

Fácil é perguntar o que deseja saber.

Difícil é estar preparado para escutar esta resposta.
Ou querer entender a resposta.

Fácil é dar um beijo.

Difícil é entregar a alma.
E os sentimentos, e por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.

Difícil é entender que pouquíssimas delas
vão aceitar-te como tu és
e fazer-te feliz por inteiro
.
Fácil é ocupar um lugar no telefone.

Difícil é ocupar um lugar no coração de alguém.
Saber que se é realmente amado

... ... e há muitos mais fáceis e difíceis....

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Castelos de sonhos



Castelos de sonhos
Ao construir meu castelo de sonhos
depositei em cada canto de sua dimensão
toda a ilusão da plena certeza que o povoaria
das mais belas e ricas realizações.
(certezas são meras divagações...)

Ceguei-me ante o desejo apressado de concretização;
sob a luz incandescente de uma louca aspiração...
Deixei rolarem os sonhos que se perderam
perambulando ao esmo pelos caminhos,
pobres peregrinos, vítimas dos próprios destinos.
(sem perseverança morre a esperança)

Da indubitável certeza à frágil incerteza
(com a qual ficamos tal e qual...)
desestabiliza-se o alicerce, desmoronam-se castelos,
despenham os sonhos,
rompem-se pactos com as idealizações.
Vão-se as asas, ficam os pés no chão.
(sem voos, sonhos não se realizarão...)

Das verdades previstas e eternas
(nada é eterno, verdades se contradizem...)
muitas tiveram fim...
Quanto às outras...faltaram-me as pernas.
Somente uma restou, por fim.
Busco essa verdade dentro de mim,
entre os escombros, enfraquecida,
temerosa de enfrentar de novo a vida.
(chama que ainda permanece activa...)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

"Desânimo"


Queria partir mas não sei para onde.
Queria ir para um lugar,
Onde a única coisa que fizesse fosse sorrir…
E não ter em que pensar…

Onde todos os gestos se traduzissem em
Actos de felicidade e alivio…
Alivio por todo este sofrimento,
Que desaparece-se de dentro de mim….

Onde os pássaros gritassem as boas novas…
Onde o mar traduzisse a agitação do dia
E onde a areia me mostrasse,
Que aquele sítio era real e eu estava presente nele…

Mas chega de ilusões
Estou cansada de não ter animo,
De não saber onde estou nem para onde vou….
Provavelmente de já não saber quem sou…

Quero que a alegria à minha volta
Me envolva de novo como dantes fazia…
Onde a vontade e a confiança abundem de novo
E me façam sentir de volta à vida…

Quero rir e chorar de forma normal e natural,
Quero sentir todos os “novos” momentos
Como se fosse a primeira vez que os sentisse,
Mas sempre e decididamente de uma forma REAL.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Há dias…

Há dias…
em que o sol se esconde
o mar não me conforta…
Caminho nem sei para onde…
sinto frio à minha volta…

Há dias…
Em que tudo é coisa nenhuma.
E o que de bom acontece…
são como flocos de espuma
que se esvai… desaparece…

Mas depois…
Neste escuro de breu,
existem dois faróis
que brilham como mil sóis…

E eu…
Sinto que cada um
São pinceladas de cor,
pintando um quadro que é meu
transformando este breu
num arco-íris de amor…

Quando poder…
Ah quando poder, pintarei um quadro…
Com raios de luz e em dourado
o amor de mim renascera…
e de novas cores se transformara.

Um Mundo Só Meu!


Um Mundo Só Meu!

Sirvo-me de uma fonte imaginária que nunca seca,
Transborda de ideias fluidas que liberto ao imaginar,
São gotas num mar de chuva, de água limpa e água turva,
Que me eleva a um mais alto patamar.

Se sonho, escrevo ou desenho, se sinto, rio ou choro,
Se emito uma respiração vibrante reluzente em cada poro,
Então orgulho-me, feliz como ao encontro de um tesouro,
Num dia preenchido pelo crocitar do corvo.

É quando atinjo uma paz de espírito que nem o vácuo suporta,
Como navegar no ondular de uma onda morta.

Imagino, penso, crio, faço num imenso denso frio,
Pois a minha mente quente, é lareira para este brio.

Sou observadora atenta, questiono tudo o que é físico,
Sou estrela fantasista, num mundo de encantar,
Sou Deus, sou o Diabo e sou tudo o que me é amado,
Sou, ou não, mas gosto de o imaginar.

Então a fonte imaginária nunca seca, já o disse,
Nunca morre à nascença, nem se expira de velhice, é eterna,
Transcendente ao próprio tempo,
Como pão para a pobreza, esta serve de alimento.

Teço simples teias na complexidade da mente,
E vejo-as florescer num jardim incandescente,
Somos nós, jardim de ideias, para sempre,
E lado a lado, ombro a ombro, delas fiquei dependente.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Momentos de Musica



Existem músicas para todos os momentos,

Momentos felizes e tristes.
Mas unicamente paramos para conhecer a sua beleza quando estamos mustalgicos.
Quando alguma coisa atormenta o nosso coração,
Momentos em que não recorremos a ninguém, apenas nos fecharmos em nosso mundo.
Um mundo que não entregamos geralmente a ninguém, e raramente sabem alcançalos,
e com falta de sencibilidade ninguém sabe ver.
A única coisa que pode romper esse mundo é a música, um grande grande amor.
Neste mundo a música é mais que notas e acordes.
A música é se torna a canção da alma.
A canção que expressa os mais cruéis sentimentos que um coração pode suportar.
A música se torna o único refugio,
A música se torna nossa amiga.
É neste momento que entendermos o sentimento expresso nela.
È neste momento que paramos e escutamos enterpetes que nunca ouvimos falar com melodias que atinge o coração.
É neste momento que entendermos verdadeiramente uma canção,
Seja de alegria, angustia ou dor.
È neste momento que estamos abertos para conhecer e viver sentimentos.
A música a partir desse momento deixa de ser apenas um soneto.
A música se torna representação viva de todos os sentimentos.

Afinidade

Não é o mais facil de se ter,
mas é o mais sútil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
Não importa o tempo, a ausência,
os adiantamentos, a distância, as impossibilidades.

Quando há AFINIDADE,
qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa,
o afecto, no exacto ponto
de onde foi interrompido.

AFINIDADE é não haver
tempo mediante a vida.
É a vitória do adivinhado sobre o real,
do subjectivo sobre o objectivo,
do permanente sobre o passageiro,
do básico sobre o superficial.

Ter AFINIDADE é muito raro,
mas quando ela existe,
não precisa de códigos
verbais para se manifestar.
Ela existia antes do conhecimento,
irradia durante e permanece depois que as
pessoas deixam de se relacionar.

AFINIDADE é ficar longe,
pensando parecido a
respeito dos mesmos fatos que
impressionam, comovem, sensibilizam.

AFINIDADE é receber o que vem
de dentro com uma aceitação
anterior ao entendimento.

AFINIDADE é sentir com...
Nem sentir contra, sem sentir para...
Sentir com e não ter necessidade de
explicação do que está sentindo.
É olhar e perceber.

AFINIDADE é um sentimento singular,
discreto e independente.
Pode existir a quilómetros de distância,
mas é adivinhado na maneira de falar,
de escrever,
de andar,
de respirar.....

AFINIDADE é retomar a relação
no tempo em que parou.
Porque ele (tempo) e
ela (separação) nunca existiram.
Foi apenas a oportunidade dada (tirada)
pelo tempo para que a maturação
pudesse ocorrer e que cada
pessoa pudesse ser cada vez mais uno.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Apesar...


Apesar de sonhar até mesmo o impossível
Apesar de sorrir sem ao menos ter motivos
Apesar de cantar para disfarçar o pranto
Continuo a afirmar que a felicidade existe...

Apesar de acreditar e as vezes ser traída
Apesar de gostar e não ser correspondida
Apesar de falar e não ser compreendida
Continuo a acreditar que a amizade existe...

Apesar do sol nem sempre estar presente
Apesar da brisa transformar-se em vento forte
Apesar da chuva muitas vezes ser agressiva
Continuo a admirar o esplendor da natureza...

Apesar de conviver com tantas dúvidas
Apesar de me perder nas incertezas
Apesar de viver em eterna busca
Continuo a agradecer o dom da vida!!

Desabafo… do EU com o EU


Envolta em meus pensamentos, quase que sem perceber, me pego questionando situações que a vida me apresenta, e a cada resposta, me surpreendo, pois constato que o ser humano, na sua meioria, em sua essência, se tornou frio, egoísta, materialista e cego.

Cego sim, pois como já diz um antigo ditado, o maior "cego" é aquele que não quer ver.

E realmente não consegue enxergar a grandiosidade de felicidade, fraternidade, paz e Amor, que o mundo tem para lhe oferecer, fechando-se sobre si memo acabando, não só se destruindo mas também aos outros que estão juntos em sua caminhada.

Como vivo num clima de dor, me vi pensando na carência ....
Quem não é carente? Como conviver com ela?
Quando estamos carentes, acabamos aceitando migalhas, sobras, qualquer coisa que ainda nos faça sentir vivo, que nos faça reacender uma chama que parecia apagada, "a chama da Esperança".

Por estarmos carentes, todos a nossa volta, os sentimos íntegros, verdadeiros, sinceros, amigos, incapaz de machucar uma pequena e simples flor. Mas, com o passar do tempo, vamos conhecendo um pouquinho mais de cada uma destas pessoas e, vimos que elas, infelizmente, não são capazes de machucar uma simples flor, muitas vezes elas vão muito mais além, pois destroem um jardim inteiro, um jardim que poderia estar abrigando, quem sabe, a flor mais simples que lá existia, era a que se buscava ... a chamada "Esperança" ...
Por tudo isso, o Desabafo ...
Não se pode gritar, mas se pode escrever...
Não se modificam pessoas,… mas com palavras ditas na hora certa, conseguimos atingi-la em seu íntimo, em sua alma, sem que elas percebam chamando-as para a realidade.
E se sentires carente, LUTE, mesmo que sozinho. Não deixe transparecer a sua fragilidade, analise com outros olhos aqueles que se aproximam de ti.
Pois, pior que estar triste, só e sentindo-se abandonado, é saber que ao seu lado tem alguém que apenas está te usando, para preencher o seu ego, por não ser capaz de ser ele próprio com sua inúmeras limitações e incapacidades, mas dar a verdadeira mão amiga ser verdadeiro,
inclusive a de ajudar a partir em busca da própria felicidade, sem precisar destruir a flor que mais vinha crescendo em seu Jardim ...
"A Esperança ".

domingo, 4 de abril de 2010

Aprendi

Depois de algum tempo aprendi a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendi que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começo a
aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começo a aceitar minhas derrotas com a cabeça erguida e olhar em frente, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprender a construir todas as minhas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em ao vão.
Depois de um tempo aprendi que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprendi que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
E aceitar que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.
Aprendi que falar pode aliviar dores emocionais, cruzando com o umbro certo na altura certa, porque
descobri que nem sempre em quem confiamos nos possa ajudar e leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que se pode fazer coisas em um instante, das quais se pode arrependerá pelo resto da vida.
Aprendi que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que se tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos constroem-se e família é aquela que nos permitiram ter.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam,
percebi que seu melhor amigo és tu próprio e podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobri que as pessoas com quem mais me importo na vida são tomadas de mim muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprendi que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
aprendi que não me devo comparar com os outros, mas com o melhor que posso ser.
Descobri que se leva muito tempo para me tornar a pessoa que quero ser, e que o tempo é curto.
Aprendi que não importa onde já cheguei, mas onde estou indo, e se não saber para onde estou indo, qualquer lugar serve, o que importa é ir.
Aprendi que, se não controlar meus actos, eles me controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprendi que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprendi que paciência requer muita prática.
Descobri que algumas vezes, a pessoa que esperava-mos que nos chuta-se quando caímos, é uma das poucas que nos ajudam a levantar.
Aprendi que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários se celebrou.
Aprendi que tenho mais dos seus pais em mim do que supunha.
Aprendi que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprendi que quando se está com fúria tem-se o direito de estar com fúria, mas isso não nos dá o direito de ser cruel.
Descobri que só porque alguém não nos ama do jeito que queremos que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprendi que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tem-se que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprendi que com a mesma severidade com que se julga, será em algum momento condenado.
Aprendi que não importa em quantos pedaços meu coração foi partido, o mundo não pára para que o conserte.
Aprendi que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E aprendi que realmente pode-se suportar... que realmente é-se forte, e que pode-se ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que se tem valor diante da vida!"

sábado, 3 de abril de 2010

É tempo de Páscoa


É tempo de Páscoa, tempo de pedir
Conselho a nossa consciência…

Perguntar:
Será que fiz o melhor?
Será que ofereci ás pessoas, o melhor de mim?
Será que minha família foi ferida para uma evolução espiritual?
Será que estou seguindo os passos
De quem deixou seu exemplo vivo
Para que eu tentasse ser melhor



A cada dia?…
“Busque e acharás, bata e a porta se abrirá”.

Mas não desista nunca de ser melhor e feliz!
É tempo de Páscoa e que sentido teria a Páscoa se
Nós não entendermos que Páscoa significa renascer,
Nascer novamente. Ressurgir das cinzas…
Renovados?…e gritar
É tempo de Páscoa… Hora de tomar uma atitude
Verdadeira diante da vida e sermos pessoas cada vez melhores!
Começar por apaziguar a dor atroz que abalou a minha família
Começar a mudar a vida, sem medos, amar incondicionalmente
entregar nas mãos de Deus a minha dor, tratar
todos com carinho e amor, levar isso ao meu trabalho,
aos meus amigos, para a minha comunidade…

Descobriremos então que é possível
Fazermos a Páscoa todos os dias,
Renascer no amor do Pai
Que é Paz… Perdão e Bondade!
E o amor jamais fará a Guerra!…
Boa Páscoa

sexta-feira, 2 de abril de 2010



A noite chegou triste e solitária, e me perguntei o que fazer com tanta solidão a machucar-me o peito. Senti-me frágil e carente, querendo um ombro para recostar a cabeça, mas esse ombro insiste em fugir, dando lugar ao silencio com seu canto triste dos pingos da chuva, que na janela do meu quarto batia ,como um lamento de minha alma triste e entorpecida pela dor.

Ao longe, muito longe, ouvi o barulho de uma algazarra, eram os jovens que na suas alegrias gritavam e explodiam, estavam vivendo, enquanto, aqui dentro entre essas quatro paredes eu aos poucos morria.

Deixei as lágrimas rolarem por minha face triste e solitária, a indagar o porquê de sentir assim, quando deveria sair e viver, amar, mas a solidão, mais uma vez me disse: sonhas demasiado alto, agora já é tarde…, só resta mesmo o morrer.

Neguei-me essa verdade, e no peito bati forte ritmicamente querendo arrancar a solidão, pois a esperança sempre foi minha companheira, sempre me deu força para continuar lutando, então porque agora me deixar aniquilar pela dor? Quando o que eu sinto é amor.

Relembrei os momentos mais belos vividos, enquanto a chuva se ia e no céu as estrelas apareciam lindas e brilhantes a encantar meu coração.

Peregrina sou aqui, e bem sei que minha pátria aqui não é, apenas estou aqui de passagem ,como um aprendizado para ser melhor do que sou, há tanto a aprender!

Mergulhei bem fundo na alma, arranquei a dor, agarrei na esperança, sorri , ergui-me, abri a janela do quarto, deixei entrar todo o frescor do vento, que soprava suavemente, trazendo o aroma das flores, que alegres e contentes pelos pingos da chuva, agora exalavam todo seu esplendor a encantar-me.

Pouco a pouco as estrelas foram se apagando, e uma claridade foi aparecendo, era o sol nascendo com seu calor aqueceu-me, senti que novas forças em mim havia e aqui me pus a escrever mais retratando meu sentir, meu sofrer, minhas dúvidas, meu querer, mas uma coisa é certa; sempre a vida vou amar, sempre a solidão vou vencer, pois sendo peregrina neste mundo, tenho uma missão a fazer que é amar sem medida, esse é o sentido do meu viver!

Sempre virão, tristezas, melancolias, solidões, dores, lágrimas, angústias, mas sei que as vencerei , tendo em meu coração a esperança e a fé em meu Deus, que vida me doou.

Assim caminho, assim vencerei, amando, a ilusão deste amor e esperando o dia da minha redenção, mas esquecer-te nunca poderei pois faz parte do meu coração, talvez seja essa a minha maior missão agora...Amar-te para que possa também vencer a solidão que bem sei, que me assola sua minha alma e coração!

Hoje á venci. No seu recolhimento, vença também e juntos estaremos em pensamento e na comunhão desse lindo sentimento que nos unem!

Amar-te-ei sempre!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Faz Hoje um Mês... Mãe

Afinal, tu não partiste!
A noção de tempo e espaço não existe
a única diferença é que não te vejo
de olhos abertos, em estado de vigia
Ah, mas sinto-te!
E sei onde tu estás
no sítio onde pertences
dentro do meu coração!

Para mim, tu estás viva!
Quantas vezes falo contigo
e sereno, ouvindo os teus conselhos?

Vês, mãe?
A linha que nos separa
é ténue, fictícia, frágil
só existe na nossa cabeça
e podemos cortá-la,
juntando os mundos que
aparentemente nos separam
e fazem de mim um ser carente
e de ti uma alma em evolução

Eu vejo-te em meus sonhos
e recebo, oniricamente
as tuas orientações,
sinto a tua presença.
Eu e tu estamos unidas
pr´a toda a eternidade!