Seguidores

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ILUSÕES




Sob os raios
de um sol imaginário
aqueço-me no paraíso da loucura...

Circulo pelas feiras
confusas dos meus pensamentos
e vislumbro jardins de poesias...

Contemplo esperanças,
planto emoções,
rego sentimentos,
podo desabafos...

Colho letras, frases,
vírgulas, exclamações
e cruéis interrogações...

Pelos meus dedos escorrem
apóstrofos, parênteses,
sinônimos, plurais
e os mais variados sinais

Recolho as sobras
(Apenas ilusões)
e tento escrever um poema
mas percebo que os frutos da colheita
murcharam deixando meus versos
sem rima, sem métrica,
sem inspiração e sem sentido...

o Titulo ????????



Enquanto o sol se põe
na linha do horizonte
sinto gotas de paz,
trazidas pela brisa do mar,
acariciando todo o meu ser.

Enquanto o astro-rei descansa
a lua surge sorridente,
acompanhada pelas estrelas
que bailam no céu a brincar

Perco-me no êxtase desses momentos
e vejo meus sentimentos,
ocultos por meus segredos,
arrastados para a imensidão
deste vazio que, repentinamente,
invade a minha alma
trazendo de volta a solidão
que insiste em manter-se como
minha companheira.

Meus sentimentos explodem enquanto
o meu coração mergulha num mar
de lembranças que entremeiam
momentos de paz, angústia,
lágrimas, sorrisos, alegrias,
tristezas, amores,
paixões e desilusões.

Percebo, enfim, que o suor
da saudade escorre pelo meu corpo
enquanto minha alma, castigada pelo
frio que lhe atormenta,
busca o calor de um corpo que lhe aqueça.

PERFEITAS MIRAGENS DE UM TEMPO QUE SE FOI



PERFEITAS MIRAGENS DE UM TEMPO QUE SE FOI

Fotos em branco e preto
amareladas pelo tempo
num velho álbum de fotografias...

Frases perdidas no tempo
Versos levados pelo vento
num velho caderno de poesias...

Imagens e versos
levam-me...

Doces recordações...

Lembranças vivas de um tempo
que fui menos amargo
e mais feliz

Fotos em cores vivas
desfilam, hoje,
com falsos sorrisos
num álbum electrónico de fotografias...

Frases soltas e banais,
abraçam versos,
chorados e sofridos,
nas páginas ilustradas
de um caderno electrónico
onde são vomitados
poemas ácidos
ora rimados,
ora confusos
e que me transportam
ao deserto da alma,
onde tento encontrar,
pelo menos,
as ruínas dos castelos
que, em sonhos,
um dia construí.