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domingo, 30 de janeiro de 2011

Dualidade ou Dividida...


Metade de mim
é emoção
e deseja teu corpo ao alcance da minha mão
a outra metade
é razão
e imune te afasta, ignora, finge ilusão.

Metade de mim
não me deixa do teu beijo esquecer
a outra metade
impassível, não me permite sofrer.

Metade de mim
lembra o calor ardente do teu abraço
a outra metade
insensível, nega a existência do laço.

Metade de mim
quer novamente ouvir tua voz
a outra metade
implacável, exige que esqueça de nós.

Metade de mim
é sonho acordada de desejo e lembrança
a outra metade
inabalável lucidez que cessa a esperança.

Metade de mim
subjuga meu corpo na ansiedade do amor
a outra metade
impiedosa revela-se, aumentando minha dor.

Metade de mim
emoção
grita teu nome ao vento
incontida, desesperada de paixão
a outra
indiferente se cala, sem nenhuma razão.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A nossa expectativa, é movida pela emoção...


A nossa expectativa
é movida pela emoção...

A nossa esperança,
já essa, mora dentro do coração
e quando a vemos em algo que escolhemos,
somos responsáveis pelas escolhas
que fazemos.

Tudo o resto,
faz parte do aprendizado.

Sofremos, aprendemos e crescemos
e mesmo que estejamos sós,
saberemos que o importante é
que amamos independentemente
de tudo o que recebemos...

Vivemos...

A nossa esperança
é um investimento que fazemos...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


Nem sempre invento portas de luz macia e rectilínea
o pensamento pára
e vacila
recolhida na aridez de rios sem leito

estou eu só
e as chuvas de Verão e os olhos
que me ardem de tanto me querer procurar

olho para trás e pergunto
entretanto
onde estão o sol e os ventos mansos
em que o poema floresceu lençóis de trigais
em madrugadas de linhos brancos

mas o verso afasta-se na fluidez do nada
e só me responde silêncio
no gemido da próxima esquina vazia.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Procuro uma saída

Acho esta imagem linda – Fez-me pensar
– Ela para mim é a força para nunca desistir de amar


Dentro de tantos novos caminhos e descobertas,
talvez a que mais me cause mais conforto é a descoberta de mim mesma.
Enxergo-me com outros olhos.
Menos severa, mais condescendente talvez.
Porque num espaço tão curto da minha vida
foram tantos, e tão difíceis os momentos, que de repente me deparei,
em que nalguns instantes acreditei que
não valia à pena sequer tentar lutar, pois tudo o que encetava era uma desilusão.
Duvidei de mim mesma, da minha força e capacidade.
Com o tempo, e só com ele, percebi do quanto eu seria capaz.
Vivi sentimentos de completa controvérsia, tudo o que acreditava estava a ser posto em causa, que do quanto fui, e ainda hoje reconheço com surpresa, do quanto ainda sou.
Falo dos meus sonhos e planos, e quando hoje alguém me perguntou
quais eram meus planos para o futuro, não hesitei e a resposta veio antes mesmo que eu pudesse sequer articular palavras.
Meu plano maior é viver, e amar, amar muito
Nada mais me importa, do que Ser e fazer diferença, na vida daqueles a quem eu amo.
Nada.
Nem trabalho, nem dinheiro, nada.
Houve tempos em que eu queria tanto, sonhava tanto.
Coisas com as quais todo mundo já sonhou um dia.
Casas, um lar, um carro pra chamar de seu.
Conforto, estabilidade financeira, uma carreira, um trabalho, reconhecimento, tudo o que me motivasse e estimulasse a crescer sempre mais.
Um amor verdadeiro, e inteiro.
Nunca quis encontrar a "outra metade".
Sempre quis encontrar meu "outro completo".
Amar plenamente.
Sem jogos, sem dramas.
Amar simplesmente.
O sexo, a alma, o pensamento.
Tinha tudo isto, mas o mais importante se foi, o “meu completo”
Foi-se parte do meu SER e ficou o ter.
Hoje, eu sei, de facto quero tanto e quero tão pouco.
Um pedaço de chão, mas quero mais.
Quero sim, um pedaço, do meu SER quero vida, alegria
Vida com sentimentos com partilha com um Novo amor
Porque o tempo que me resta tão pouco de fato eu tenho, nem sei.
Mas é tanto e tão maior o que sinto.
Que quero encontrar uma saída voltar a ser feliz
Muito feliz ,esta dor que me moí o coração o pensamento
tenho de me livrar dela.
Sei que encontrarei novamente o meu “outro completo”

Porque tempo não existe.

As emoções, o amor, os afectos não terminam com a idade

sábado, 15 de janeiro de 2011

Caminho só!


Caminho só

Sinto um gélido sombrio
Um silencio sufocante
Um nó na garganta
E no peito um vazio.

E a dor vem de graça...
E o de graça tem seu preço...
Preço amargo de um tributo
Que vem com apresso...

Sem ser desejada... Nem arremesso!
Sem dia marcado... Um tropeço!

De todo o amor que te dei
Só amor recebi
De tudo quanto sonhei
Só parte vivi.

Agora caminho sozinha,
Deixando me levar pelo
Sopro da brisa, dou um passo
Outro passo, e mais um passo

Serena, deixando densas
Névoas que me tortura
Aonde vai me conduzir?
Para onde devo ir?
Nem sei...
Sozinha sem sonho, sem fantasia

Sem nada, somente habitante
De uma melancolia.
Percebendo o quanto a realidade é sufocada

Caminho na dádiva deste tempo,
Rumo ao espaço
Perdida do nada!
Será que voltarei a viver… a vibrar?
A acreditar em alguém…

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Uma dor que me consome…, a dor emocional.


Ouço a música em tom de desabafo,
a janela entreaberta falo teu nome na noite fria de saudade de teu corpo junto ao meu.
As ondas do mar despojam em meu peito a dor que grita e chora pelo teu amor.
Onde andas tu meu amor?
Paixão?
Ouço a música em tom de um sussurro como uma carícia tua que percorre meu corpo e arde e cede aos desejos.
Ouço a música em tom do nosso amor, da nossa paixão como uma águia altiva que nas montanhas se aninha e grita de raiva com sua presa no ninho.
Ouço simplesmente ouço o amor que em meu peito habita
Quero mudar de rumo, mudar o amor mudar a vida.
Vida porque me magoas?
Tão profundamente
com tuas facas afiadas
em meu peito
que derrama tristeza,
em meus olhos inundados de dor.
Abandona-me tristeza
como um rosa despida
lentamente no calor de um amor
acabado sem cor,
e deixa-me parar,
descansar por um só instante,
desta dor que me trespassa
e consome interiormente.
Vida que uns consola
atraiçoa-me e grita
inocentemente a cada olhar
sempre que num raio de sol
relembro teu olhar.
Vida porque me magoas?...
Meu coração grita enclausurado,
nesta angustia chamada tristeza
quero partir desta vida,
desta alma triste e sentida.
Ao vento murmuro desgostos
desilusões mantidas pelo sentimento
mentira à muito contadas
numa carta chamada amor.
Ao sol abraçava com ternura
sentimento que ainda perdura,
em vão meu coração chora perdido
por um amor não encontrado.
Com um nó na garganta
eu digo " AMO-TE"
em tom meigo e carinhoso
e sim meu coração grita
enclausurado nesta dor
de uma resposta perdida
de um sentimento chamado amor.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Não tenho idade, tenho vida.


Saber se a idade é um caminho, ou se a idade é um livro aberto que nos faz caminhar sozinhos, será antes de mais uma súmula de predicados nossos a esvair-se num punhado de sonhos que por não saberem cair na desordem, andam de mão em mão, a tentar encontrar a ordem natural das coisas.
Vejo-me por entre as feridas abertas de um rosto, que ao sorrir, se desfaz na tinta fresca de um desenho, e depois faz do desenho uma soma de gestos quase a atingir as forças de dois pensamentos loucos a caminhar sobre o meu corpo.

A idade é um conjunto de vivências que eu costumo chamar de experiências com ida e volta, no meio de uma louca viagem ao fantástico mundo dos sonhos. Será aí que a idade se transforma em todos os rostos que já conheceu, em todas as vidas que já viveu, em todos os corpos onde se escondeu, em todos os olhares onde se esqueceu de ser idade. Eu costumo pensar que não tenho idade, tenho vida.
Sonho, perto de um mar profundo, fico lá até que a água me traga à superfície e me diga de um mundo onde a idade surgiu. Abandono este meu, onde me afogo neste pensar sem idade, vendo-me sem rosto, sem corpo, sem alma, sem nada que me diga onde foi parar a idade que me acolheu. Penso, penso e nada me diz nada, pelo menos de uma negação, ou de um encaminhamento de algo, ao encontro de outros nadas a viajar no espaço…. Este que ocupo passou-se para o indefinido e traz-me sempre uma história de vida que já morreu. Se conseguisse no entanto, ser algo que servisse de contrapartida, para que, pelo menos um sonho se materializasse. Se eu pudesse passar-me para dentro desse sonho e saber-me com algum tempo, que me provasse que a idade é uma constante a remediar as várias faces escondidas num labirinto onde mora a saudade do tempo. Sofro mas deixo-me ficar estendida numa mera casualidade, que é saber-me presente, mesmo que a idade seja uma inconstante a brilhar no escuro. Gosto deste ponto onde me encontro toda a idade que me fez vir aqui, contudo, não sei se me proponho a viver um sonho só meu, sem ter de partilhar cumplicidades…, será que chegou a hora de aprender a ser individual…, mais como se o que acredito é o contrario, é partilhar é amor é entrosamento. Preciso de ti…, neste meu caminhar adentro do meu sonho, para que no final eu sinta que há tempos ainda por definir e idades ainda a surgir dentro do meu olhar.

Saberei sempre o que ficou por dizer quando me olhares nos olhos e me disseres qual a cor que eles assumiram;
se a cor das águas do mar;
se as cores do vários céus nocturnos onde me escondo para que me vejas a decifrar nomes, e mais nomes, que comigo se encontram, para a soma de outras idades encontradas em todos os sóis e todas as estrelas que baixam a tempo de encontraram o meu corpo…

Para nele se encontrarem também sem idade.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Sorrir é uma questão de atitude.

O meu neto Pedro Garcia
Sorrir Sorris Sorrir sempre…

Podia principiar por falar da importância de sorrir no processo de libertação das endorfinas e dos mecanismos que desencadeia algumas reações fisiológicas, de que acionamos 72 músculos para franzir a testa e apenas 14 para sorrir (no mínimo rejuvenesce) e outras teorias, mas não me interessa muito dissecar algo que é sempre melhor sentir em sua plenitude.
Já percebemos que a maioria dos sorrisos começa perto de outro sorriso!

A minha filha Carina Garcia

O sorriso é uma das características que nos distingue. Um simples sorriso pode deixar-nos tão felizes... Incute-nos esperança, ajuda-nos a sonhar e a vencer os obstáculos diários que a vida teima em colocar, em nosso caminho, enfim, um sorriso espontâneo, caloroso, sincero digno da expressão de contentamento, contagia-nos e transporta-nos para outra dimensão... Um sorriso pode ser um salubre remédio contra aqueles dias cinzentos, é o sustentáculo da felicidade que queremos alcançar...

O sorriso traduz, geralmente, um estado de alma; é um convite a entrar na intimidade de alguém, a participar do que lhe é íntimo. É por isso que o homem é o único animal que sorri, e como é dotado de inteligência e vontade pode sorrir quando tudo vai bem ou sorrir mesmo quando as coisas não corram tão bem – tudo se resume à harmonia interior.

Sorrir é no mínimo um ato de respeito e empatia com o próximo, pois através dele reconhecemos o outro como pessoa. Com um sorriso sincero podemos mudar o mundo, colocando o amor, respeito, autoconfiança e esperança no centro da vida humana ao invés do egoísmo ou o interesse pessoal.

O poder do sorriso é grande, e saber sorrir é algo de muito importante. Antoine de Saint-Exupéry diz: "No momento em que sorrimos para alguém, descobrimo-lo como pessoa, e a resposta do seu sorriso quer dizer que nós também somos pessoa para ele".

A atração do sorriso é indiscutível, onde há alguém sorrindo sempre haverá alguém por perto. O sorriso é algo que pluraliza e multiplica as relações. Ao contrário, quando se aproxima de alguém com a expressão facial séria fechada, normalmente os filhos entram para os seus quartos, ou colaboradores não saem de seu ambiente de trabalho e a conversa pára por ali. Desnecessariamente ninguém se aproxima de alguém com a face séria ou que pareça estar aborrecido (a) com algo, se o sorriso atrai, ao contrário pode-se dizer que sua falta repele.(Não é sinonimo de maneira nenhuma de respeito)

Em cima a minha filha Vanda, em baixo da esq. p/ a dit. Eu,  irmã Leticia, irmã Margarida.

Mesmo quando a vida está sendo dura; mesmo sendo difícil, é preciso sorrir.

Vivemos sempre tão ocupados que mal olhamos para as outras pessoas, mesmo aqueles que nos são caros, mesmo as de nossa família; mal olhamos para nós mesmos. A sociedade está organizada de tal modo que, mesmo tendo tempos de lazer, não sabemos aproveitá-lo para entrar em contato conosco.

Inventamos milhares de formas de desperdiçar esse tempo precioso: ligamos a TV, falamos ao telefone, saímos de carro para ir a qualquer lugar e com isso vamos nos afastando de nós mesmos cada vez mais.

Ao princípio pode-se achar difícil sorrir, e nesse caso deve considerar o porquê.
Sorrir significa, nossa essência, que estamos sendo nós mesmos, que estamos tendo soberania sobre o nosso destino, que não estamos mergulhados no esquecimento interior.

Ludwig Wittgenstein, que muitos consideram o filósofo mais profundo do século XX em uma das suas Investigações Filosóficas disse “Uma boca sorridente só sorri num rosto humano”. Neste caso o humano não se refere á espécie, mas ao lado despojado das mascaras, falsidades e interesses, á total honestidade de sentimentos. Não existem falsos sorrisos, estes se comparam as dentaduras ou implantes de cabelo, pois, são facilmente reconhecíveis pela sua artificialidade.

Em 1967, um jovem investigador, Paul Ekman, fez uma pesquisa exaustiva sobre o sorriso. Chegou à conclusão que no ser humano, a mímica é produzida por 42 músculos faciais e que existem 19 maneiras diferentes de sorrir, mas apenas uma única forma é verdadeira.

O sorriso ilumina a alma, pois permite que a luz penetre na escuridão interior que cada um de nós carrega em um pedaço do seu ser, ajudando assim a diminuir as sombras e medos interiores.

Já observarão quanto as crianças sorriem, em qualquer local ou para qualquer pessoa que se dirigem, sempre estão sorrindo. Do mesmo modo observe como as pessoas depois de adultas ainda sorriem despretensiosamente para os cães, gatos… e crianças, parece que ainda existem resquícios em nossos corações para alimentar este sorriso espontâneo.

Mas devem estar se questionando: Será que esta cidadã mora no mesmo mundo do que eu? Ou em algum mundo paralelo junto com a Alice, o Gato Risonho, a Lagarta, Lebre Maluca e o Chapeleiro Louco da obra “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll. Em que mundo eu estou vivendo? Será que é o mesmo mundo que o resto das pessoas?
Como será possível alguém sorrir perante os sofrimentos da vida? Quando somos vitimados por tragédias, doenças graves ou acidentes que nos mutilam?

Como sorrir quando o desemprego bate a na porta, causando transtornos financeiros?
Como sorrir diante da morte de um ente querido ou mãe pai ou um amigo íntimo?
Como sorrir, quando somos incompreendidos no meio em que vivemos, dentro do próprio lar, nos ambientes de trabalho?

Segundo a yoguine indiana Dadi Gulzar se você quiser trazer amor e equilíbrio em sua vida, em seus relacionamentos e em seu mundo, procure manter a meta de praticar três coisas com as pessoas que encontram durante o dia, sejam membros da família ou colegas de trabalho.
Primeira: sempre encontrá-las com um sorriso na face. Todos vocês sabem como sorrir? Mesmo se alguém estiver com alguma atitude de raiva ou agressividade, ainda assim procurem manter o seu sorriso. Procurem aquietá-lo com um sorriso bastante pacífico. Não reajam, apenas sorriam e acalmem essa pessoa que está irritada. Isto irá ajudá-la.
Segunda coisa: é sempre dar felicidade a quem encontrar-mos.
Terceira: é manter seu coração feliz. Observe que as duas ultimas metas derivam da primeira, se não conseguir-mos praticar a primeira meta, será praticamente impossível atingir as demais, enfim o sorriso é o segredo, afinal e segundo o ditado popular “O sorriso é o espelho da alma”.

Consta que o técnico Koide Yoshio, da maratonista japonesa Takahashi Naoko, que conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Sidney em 2000, ensinou a maratonista o seguinte:
"Nunca faça cara feia, treine sorrindo". Sempre que se deparar com algum sofrimento, sorria para ele. Pense que poderia ser pior e agradeça por isso. Caso contrário estará inibindo as suas qualidades e possibilidades de superação. O melhor de você só poderá ser extraído dentro de um estado harmônico criado pelo sorriso, jamais de um modo carrancudo, tenso ou embravecido.

O Sorriso é a expressão mais bonita que o ser humano tem, nos traz forças e esperanças, é linguagem universal, tem reflexos por toda parte.
Aceitar ou não é uma questão de opção, mudar ou não é uma questão de querer, fazer ou não é uma questão de atitude.
Sorrir é uma questão de atitude, depende exclusivamente de nós.

E eu sinto-me feliz de fazer parte destes sorrisos, e ter compreendido o quão importante isto é, e de ter a capacidade de sorrir e transmitir. OBRIGADO
 

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ouço... Escrevo...


Ouço...
ouço muito bem
consigo ouvir meu coração
é transpiração pura
essência da inspiração
Quando ouço meu coração
escrevo poesias seguidas
umas minhas mesmo
outras ditas por espíritos….
que me dizem o que escrever
fazendo as mais belas poesias
Ouço...
ouço muito bem
o que diz meu coração
mesmo que sejam furtivos
ou desejos infinitos
deixo fluir meus pensamentos
transformando fragmentos
em palavras jogadas ao vento
Ouço...
ouço muito bem
o que sentem meus desejos plenos
transpiração pura...
da alma que habita este corpo
Meu corpo é celeiro
silo de loucos momentos
alguns insanos
todos cheios de desejos
Ouço...
ouço bem
meus desejos de ser humano
sou o que escrevo
descrevendo momentos
transcrevendo sentimentos
Nem todos os seres escrevem
tem medos de dizer o que sentem
nem mesmo escrevem
suas maiores vontades
Ouço...
mas escrevo muito mais
transcrevo meus sentimentos
imortalizo meus desejos
deixo fluir meus sonhos e alucinações
Sem medo de nada
expresso o que sinto
até mesmo as profundezas do meu ser
Quando escrevo...sou eu
sou eu mesma!
E tudo guardo escondo…
Um dia quiçá aparecerão!….

Escrevo!


Escrever faz-me bem
faz-me descrever sentimentos
que muitas vezes não digo com palavras
somente com meus desejos
meus sonhos infinitos
Escrever faz-me verdadeira
escrevo o que penso
e mesmo o que sinto
é transpiração pura da alma
Que exprime e expressa
a fala intensa do coração
Escrevo tudo aquilo
que teria vontade de fazer
até mesmo as passagens mais intensas
as loucuras de desejo
se eu pudesse diria agora
Minha timidez não permite
bloqueia-me...impede-me sim...
incrível mesmo...escrevo o que penso
penso...sonho... desejo...
infinitos instantes de amor...
de sexo...desejos á flor da pele!
Me excito...exercito com letras
as frase, poesias são fruto
dos meus desejos!

Será sempre assim

Que seja sempre assim...
Manhãs que se recolhem ao cair da tarde,
noites que despontam a anunciar
o dia que termina para a amanhã recomeçar...
Acordes interrompidos, … a pausa que prepara
um novo som que virá...
É o movimento ondulante, constante, incessante...
Renovação da Vida!
Levando-me, elevando-me, conduzindo-me.
Que seja sempre assim...
Basta um começo...leve arremesso...
Após o primeiro passo, outros surgirão,
depois da tempestade, novos tempos virão...
Depois da chuva a frescura
levando embora o dissabor.
Tudo leva para o depois...
Como se o agora fosse uma passagem constante
que me leva a seguir confiante
conduzida por um cordão invisível
a desvendar o invisível, o imperceptível...
A curiosidade me move, me remove, me comove.
Eu vou. Impossível não ir. Todo dia partir...
E me entregar...e em partes, me doar...
Devolver o que já sou...
Vivo para desvendar
manhãs recolhidas, tardes caídas,
noites a anunciar...
que o dia se foi...o amanhã irá chegar...
Dobrar esquinas, descobrir o que há de mais...
Esparramar partes de mim...não olhar para trás...
Estar sujeita a reformas. Há muito o que reformar!
Sentir a presença divina, fazer um poema
de amor, gratidão, emoção...Rimas triviais!
Manifestar o que está dentro de mim.
Poetas são todos iguais!
Que seja sempre assim...