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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Há dias…

Há dias…
em que o sol se esconde
o mar não me conforta…
Caminho nem sei para onde…
sinto frio à minha volta…

Há dias…
Em que tudo é coisa nenhuma.
E o que de bom acontece…
são como flocos de espuma
que se esvai… desaparece…

Mas depois…
Neste escuro de breu,
existem dois faróis
que brilham como mil sóis…

E eu…
Sinto que cada um
São pinceladas de cor,
pintando um quadro que é meu
transformando este breu
num arco-íris de amor…

Quando poder…
Ah quando poder, pintarei um quadro…
Com raios de luz e em dourado
o amor de mim renascera…
e de novas cores se transformara.

Um Mundo Só Meu!


Um Mundo Só Meu!

Sirvo-me de uma fonte imaginária que nunca seca,
Transborda de ideias fluidas que liberto ao imaginar,
São gotas num mar de chuva, de água limpa e água turva,
Que me eleva a um mais alto patamar.

Se sonho, escrevo ou desenho, se sinto, rio ou choro,
Se emito uma respiração vibrante reluzente em cada poro,
Então orgulho-me, feliz como ao encontro de um tesouro,
Num dia preenchido pelo crocitar do corvo.

É quando atinjo uma paz de espírito que nem o vácuo suporta,
Como navegar no ondular de uma onda morta.

Imagino, penso, crio, faço num imenso denso frio,
Pois a minha mente quente, é lareira para este brio.

Sou observadora atenta, questiono tudo o que é físico,
Sou estrela fantasista, num mundo de encantar,
Sou Deus, sou o Diabo e sou tudo o que me é amado,
Sou, ou não, mas gosto de o imaginar.

Então a fonte imaginária nunca seca, já o disse,
Nunca morre à nascença, nem se expira de velhice, é eterna,
Transcendente ao próprio tempo,
Como pão para a pobreza, esta serve de alimento.

Teço simples teias na complexidade da mente,
E vejo-as florescer num jardim incandescente,
Somos nós, jardim de ideias, para sempre,
E lado a lado, ombro a ombro, delas fiquei dependente.