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domingo, 14 de novembro de 2010

"RECOMEÇAR"


Partindo do zero para recomeçar
Muitas vezes tenho procurado meios de me conhecer mais profundamente, na intenção de me desenvolver, e evoluir, e passar a viver de forma mais equilibrada com o Universo e com maior aceitação.
Algumas vezes sinto-me em fase bastante avançada em meu processo de autoconhecimento. Mas apesar de já ter conseguido mudar meu olhar sobre a realidade da vida e ter até mesmo conseguido efectuar algumas mudanças em minha vida, sinto que não consegui ultrapassar determinado ponto de meu desenvolvimento. Sei que posso ir muito além do que estou hoje, em termos de progresso, sucesso e conquistas - tanto pessoal como profissionalmente falando -, “mas” aquele mas que tenho de o derrubar.

Descobrindo potenciais, e dons que trago comigo, passei a lançar mão dos mesmos no sentido de manifestar esses dons em minha própria vida e em benefício do todo, trazendo com isso, muito mais satisfação, mudanças e progresso.

Porém, apesar de toda essa consciência e até mesmo sabedoria, continuo me sentindo estagnada e, às vezes, sinto-me vazia e sem rumo.

O motivo disto é que, durante o processo da auto descoberta, as mudanças se manifestaram da forma mais evidente e, com isso, passei a sentir-me mais segura diante de "provas" tão claras de que é possível mudar, isto me encorajou a prosseguir. Mas este processo levou-me no momento a poucas mudanças, apenas porque me fez descobrir quais eram os "erros" que cometia diante de minha própria vida, e também, a fazer descobrir o que não estava adequado, fazendo com que conseguisse saber o que não queria mais na minha vida.

Muitas vezes, por falta de conhecimento, vivemos de forma alheia à realidade e, mesmo que haja insatisfação, preferimos fazer de conta que não percebemos, pois se percebemos de verdade, buscaremos mudanças, e se isto não for possível, a frustração será ainda maior, portanto, para não passar-mos por isso, nos acomodamos dentro de determinadas situações, fazendo de conta que estamos bem.

Mas se passamos por processos de autoconhecimento, começamos a ter coragem de descobrir o que não está bom, adequado, e satisfatório, em nossa vida; e o que não queremos mais, o que não faz mais sentido de ser e não tem mais função em nossa vida. Somente assim mudanças reais poderão ocorrer.

Tomando consciência (quer seja própria ou regressiva) de tudo isto, porém, antes que isto seja possível, é necessário que haja o aceitar, das percas, o desapego do velho, daquilo que não faz mais sentido na nossa vida, mesmo daquilo que sempre nos regeu e guiou. Este é o momento de nos libertar do passado - daquilo que tem retido na memória e do que acossou em processos de regressão. Nesta tomada de consciência, pelas regressões ou lembranças, de algumas situações de meu passado foi importante apenas para que eu compreendesse os motivos pelos quais minha vida acontecia de forma "independente" da minha vontade consciente. Algumas dessas memórias provavelmente precisaram vir à tona, no sentido de serem trabalhadas e compreendidas, usando-as como uma referência, mas somente para que eu pudesse promover mudanças, para fazer diferente no momento actual.

Se eu continuar presa a essas lembranças, sensações ou intuições, mesmo que inconscientemente, que me mantêm no passado, continuarei a sentir medo, e vou estagnar mesmo que não perceba, sempre que ousar tentar mudar alguma situação mais determinante e efectiva em minha vida.

Para conseguir me desapegar, não será necessário que faça trabalhos mais específicos e difíceis, isto até pode ser feito, mas o imprescindível é a tomada de consciência de que tem um passado, que foi importante para o meu processo evolutivo, mas que esse passado só serve de referência e não para fazer-me ter medo de mudar os rumos de minha vida, sempre acreditando que, igualmente ao passado, terei um futuro sem me prejudicar, em seguir meu coração rumo ao novo.

Portanto, com a tomada de consciência da importância do passado e da necessidade de deixá-lo para trás - apesar de sabermos que "não existe" passado e que tudo está acontecendo ao mesmo tempo, em outras dimensões, sinto ser necessário usar esta linguagem, pois ainda estamos muito condicionados a esses conceitos e, assim, fica mais fácil a compreensão - assim poderei apenas desejar me libertar e desapegar do meu passado, reverenciando-o, deixando-o no seu lugar, sem trazê-lo para o agora. O passado fica no passado.

Seria o teu amor?


Seria o teu amor?




Desvinculei-me das tristezas
E deixei meus pés achar um caminho
Por entre as areias de uma praia deserta
Soltei minha dor ao vento
E deixei o sorriso desabrochar do meu rosto
O corpo bailou docemente
Neste sonho de te amar loucamente
Valsei nas ondas do amor
E a luz que me iluminava se reflectiu
Banhando meu corpo e minha alma
Passos acertados, coração sorridente
Deslizando por sobre a areia
O olhar perdido no horizonte
Buscavam a tua imagem
Ou seria o teu amor?