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sexta-feira, 7 de maio de 2010













Se eu fosse chave para os problemas
Destrancava as trancas dos desejos
E abria portas com mãos de fadas.

Abri-as e depois entrava
Ficando residente em todas as casas
E proprietária de divinas graças.

Se eu fosse chave para os problemas
Acariciava rostos de tristezas
E aliviava dores inquietas.

Daria ao sofrimento chaves mestras
Que abrisse todo o tipo de glórias
E entrassem numa Era de alegrias.

Se eu fosse chave para os problemas
Fazia da justiça porta sagrada
E da bondade porta-chaves das almas.

E o mundo cantaria coros de harmonia
Os homens dariam as mãos sem ironia
E a paz interior se exteriorizaria.

Muitas vezes me questiono
que tipo de alma é a minha,
será ela oriunda da mais profunda
sensibilidade feminina?
Ou será que de tão forte
germina no sofrimento que acolhe?

Sempre que passo pelo tapete
onde tantas vezes escorrego e caiu,
me reprimo por incutir em mim e em vão
o meu lado mais seguro sem sermão.

No meu auge de autenticidade,
aquando rodeada de solidão saudável,
cuido do meu corpo com
um bom creme hidratante,
mas não descuido da minha alma,
que um dia se libertará da minha carne,
alimento-a com a limpeza da consciência e
durmo com uma profundidade sempre em perseverança.