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sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ausências...

Faz hoje dois anos que escrevi isto a uma amiga,
Que num lindo dia de convívio entre amigos,
Onde o marido, vendendo saúde, com o seu espírito
Jovial jogava ténis, como era habito fazer ao fim de tarde,
Ela o viu cair e não mais se levantou, partindo sem se despedir
Para uma viagem sem regresso.

No dia que fazia o ano eu lhe dei um mimo e junto lhe escrevi isto.

“Não tenho o poder de tirar tua dor,
E acredito que ninguém o tem.
Nem mesmo Deus pode interferir no nosso livre arbítrio


Se é tempo de chorar, chore,
Se é tempo de geme, gema,
Se é tempo de recordar, recorde,
Se é tempo de saudade profunda, sinta-a.


Mas, não se demore além do tempo necessário.
Tempo que o próprio tempo vem lhe dizer.
Este sim, poderoso consolador,
Vem abrandar, jamais apagar,
A marca da dor, usando a alquimia das horas,
A magia simples do amor.


Por isso,
Não te peço que esqueça o ente querido,
Ou o amigo inesquecível que morreu.
Não te peço que arrume outro amor hoje,
Para esquecer este que tanto marcou e partiu.


Nem sou louca para te pedir
Que perdoe ou esqueça imediatamente,
O momento inexplicável onde tudo aconteceu.
Nem eu, nem tu, nem Deus, que tudo espera.


Senhor do tempo, Senhor do Amor,
Envia conforto, para a alma aflita,
Na forma de uma música bonita…,
Uma mensagem bem escrita,
Ou uma poesia, ainda que sem rima,
Que toca no coração,
Que Pega sua mão e diga:
“Vem”, é tempo de renascer.


Se a lágrima que ainda rola no seu rosto,
Queima a face, é tempo de reflectir.
Talvez seja a hora de recomeçar o caminho,
Seguir pela estrada que ainda reclama passos,
Ir adiante, além da dor e do grito,
Rumo ao seu futuro, rumo ao infinito.


Porque:
Deus te ama profundamente...”

Mal sabia eu que um ano depois eu também estaria
Na mesma situação e teria que Interpretar
O que eu mesma escrevi para lhe ajudar,
E interiorizar tudo o que lhe tentei transmitir, porque,
Ao ler isto pensei Meu Deus quem me dá a mão… quem me
Escreve… e disse para mim mesma “tu” está tudo em ti olha á
Tua volta e deixa que se aproximem…