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terça-feira, 13 de abril de 2010

Numa Taça de Cristal “Metamorfose”

















Uma taça de cristal vazia
vazio também o coração
transporto-me na fantasia
buscando nela um naco de compaixão

Pinto um arco iris no céu
envolvo-me em sete cores
no devaneio faço um escarcéu
cubro em silêncio as dores

No vermelho busco paixão
com laranja escrevo a canção
pinto um sol em amarelo
os olhos se acendem e enxergo o belo

No verde encontro esperança
no azul o herói que me contagia
e me contempla com olhar anil
e deixa-me ávida pela vida ... febril

Desperta o sutil com o violeta
e a luz explode afinal
renasce a alma em alegre borboleta
sobrevoa em sete cores a taça de cristal.

Águas em Abril

Águas se fundem com o pranto,
percorrem todos os cantos,
desaguam os encantos
em oceanos salgados,
pardacentos, insensatos,
provocando dor e ferida
em quem se encantou pela vida...


Chegam de improviso
mutilando sorrisos,
tornando-se arrastão...
Devastam sentimentos
exterminando os momentos,
transbordando as ilusões...


E a água, fonte da vida,
desta vez não foi guarida,
mas traiçoeiro alçapão...
De bendita à maldita,
mostrou uma força bandida
vinda de supetão...
Soterrando inocentes,
produzindo grande enchentes
dentro de cada coração...