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sexta-feira, 2 de abril de 2010



A noite chegou triste e solitária, e me perguntei o que fazer com tanta solidão a machucar-me o peito. Senti-me frágil e carente, querendo um ombro para recostar a cabeça, mas esse ombro insiste em fugir, dando lugar ao silencio com seu canto triste dos pingos da chuva, que na janela do meu quarto batia ,como um lamento de minha alma triste e entorpecida pela dor.

Ao longe, muito longe, ouvi o barulho de uma algazarra, eram os jovens que na suas alegrias gritavam e explodiam, estavam vivendo, enquanto, aqui dentro entre essas quatro paredes eu aos poucos morria.

Deixei as lágrimas rolarem por minha face triste e solitária, a indagar o porquê de sentir assim, quando deveria sair e viver, amar, mas a solidão, mais uma vez me disse: sonhas demasiado alto, agora já é tarde…, só resta mesmo o morrer.

Neguei-me essa verdade, e no peito bati forte ritmicamente querendo arrancar a solidão, pois a esperança sempre foi minha companheira, sempre me deu força para continuar lutando, então porque agora me deixar aniquilar pela dor? Quando o que eu sinto é amor.

Relembrei os momentos mais belos vividos, enquanto a chuva se ia e no céu as estrelas apareciam lindas e brilhantes a encantar meu coração.

Peregrina sou aqui, e bem sei que minha pátria aqui não é, apenas estou aqui de passagem ,como um aprendizado para ser melhor do que sou, há tanto a aprender!

Mergulhei bem fundo na alma, arranquei a dor, agarrei na esperança, sorri , ergui-me, abri a janela do quarto, deixei entrar todo o frescor do vento, que soprava suavemente, trazendo o aroma das flores, que alegres e contentes pelos pingos da chuva, agora exalavam todo seu esplendor a encantar-me.

Pouco a pouco as estrelas foram se apagando, e uma claridade foi aparecendo, era o sol nascendo com seu calor aqueceu-me, senti que novas forças em mim havia e aqui me pus a escrever mais retratando meu sentir, meu sofrer, minhas dúvidas, meu querer, mas uma coisa é certa; sempre a vida vou amar, sempre a solidão vou vencer, pois sendo peregrina neste mundo, tenho uma missão a fazer que é amar sem medida, esse é o sentido do meu viver!

Sempre virão, tristezas, melancolias, solidões, dores, lágrimas, angústias, mas sei que as vencerei , tendo em meu coração a esperança e a fé em meu Deus, que vida me doou.

Assim caminho, assim vencerei, amando, a ilusão deste amor e esperando o dia da minha redenção, mas esquecer-te nunca poderei pois faz parte do meu coração, talvez seja essa a minha maior missão agora...Amar-te para que possa também vencer a solidão que bem sei, que me assola sua minha alma e coração!

Hoje á venci. No seu recolhimento, vença também e juntos estaremos em pensamento e na comunhão desse lindo sentimento que nos unem!

Amar-te-ei sempre!