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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Rock in Rio Lisboa 2010 Mariza - Oh Gente de minha Terra -












Experiencia maravilhosa de um banho de juventude, com uma vozeirão emocionante, uma tema tocante, momento unico. E EU FOI... ESTOU LINDO...

A nossa criança interior.





















Já fora do dia da criaça e ao ler um apontamento de um grande amigo levou-me a pençar na criança que temos todos dentro de nós, e muito esquecida a partir de uma serta altura da vida, e pior muitas vezes adandonada e desconhecida da meioria então resolvi dedeicar-lhe 0 meu tempo e escrever o que sei sobre esse tema.


"A imagem da criança representa a mais poderosa e inelutável ânsia em cada ser humano, ou seja, a ânsia de se realizar a si próprio."Carl Gustav Jung.

Geralmente lembramo-nos de todas as crianças que estão à nossa volta:-Filhos, primos, netos, sobrinhos, vizinhos, filhos de amigos, mas, provavelmente esquecemo-nos da principal:

A nossa criança interior.

É isto mesmo, existe dentro de cada um de nós uma criança de 3, 4 ou 7 anos que precisa muito de nós.

Embora isto possa parecer estranho, é muito importante esse reencontro para o nosso crescimento emocional, pois através do contacto com a nossa criança podemos curar muitas de nossas feridas e compreender muitos de nossos conflitos.

A criança interior representa a nossa totalidade psíquica, a parte genuína que vamos perdendo quando nos tornamos adultos.

Ela está presente nos nossos sonhos, fantasias, desejos, imaginações, intuições, na nossa capacidade de brincar, imaginar, criar e principalmente, na sensibilidade.

Para cuidarmos dela é preciso reconhecer a sua presença e perceber as suas necessidades.

Ao estabelecer contacto com a sua criança interior, sem dúvida irá conseguir libertar muitas emoções que estão presas em si desde a infância.
Em alguns momentos, esse encontro pode ser muito doloroso, pois não é fácil recordar o que nos fez sofrer, mas ao mesmo tempo é libertador lamentar com ela as suas dores reprimidas, deixá-la chorar livremente e principalmente descobrir que não é verdade o que nos fizeram acreditar sobre quem somos.

Mas é possível transformar toda a dor ao reencontrar com essa criança que está dentro de nós e que apenas espera pelo nosso amor.

Na nossa criança interior, tanto os momentos bons como os maus, estão gravados.

O objectivo de reencontrar essa criança é resgatar o que houve de bom e reeditar/trabalhar o que houve de mau.

Quando perdemos a conexão com a nossa criança, sentimo-nos abandonados, sozinhos, mesmo quando acompanhados, ou ainda, tornamo-nos duros, inflexíveis, frios, agressivos.

A criança interior abandonada torna-nos adultos com medo de errar, sempre à procura de aprovação, reconhecimento, enfim, sempre à procura de amor.
Quando choramos, é a nossa criança abandonada chorando.
O modo como fomos tratados quando crianças é o modo como nos trataremos pelo resto da vida e o modo como muitos ainda tratam os seus filhos.

Inconscientemente, transformamos a nossa vida numa eterna corrida, buscando desesperadamente encontrar o que julgamos não termos recebido, e tentando resgatar depois de adultos, ainda que muitas vezes de forma destrutiva, aquilo que acreditamos não ter tido quando crianças.

Mas isso pode mudar ao reencontrar a sua criança interior abandonada e perdida.

Todos aqueles que têm uma relação negativa com a figura de pai e/ou mãe podem ter a origem desse facto na infância, quando registaram que não receberam atenção e afecto suficiente quando crianças.

Quando adultos, continuam a sentir-se indignos de amor, e por isso, punem-se, mantendo relações complicadas ou ainda, repetindo os padrões que ficaram registados.

Outras pessoas deixam-se influenciar por toda a vida por padrões,frases como "criança não dá palpite" ou "criança não sabe o que diz".

E mesmo depois de adultas, omitem as suas opiniões e continuam a achar que as suas idéias não têm qualquer valor.

Outras ainda passam o tempo inteiro pedindo desculpas por existirem, como se fossem incapazes de parar de ouvir aquela frase ouvida na infância:

- "É tudo culpa tua".

Em geral, levamos dentro de nós uma imagem da infância ideal, aquela em que o acolhimento e demonstrações de amor foram perfeitos.

Essa imagem muitas vezes poderá ser projectada nos outros e lamentando por um ideal, idealizamos relacionamentos e aumentamos a nossa solidão e dor.
A criança só pode expressar os seus sentimentos quando existe alguém que os possa aceitar completamente, sem críticas, julgamentos, comparações, entendendo-a e dando-lhe apoio.

O que raramente tivemos.

Quando a criança não sente permissão para expressar sentimentos, sejam estes quais forem, ela aprende que os seus sentimentos não importam, não se sentindo valorizada, amparada, amada.

A criança pensa que para satisfazer as suas necessidades não deve demonstrar que tem necessidades, reprimindo assim os seus sentimentos mais puros e com isso uma parte de seu verdadeiro “EU”

Para curar as nossas emoções reprimidas, temos de sair do esconderijo, enfrentar as defesas, as máscaras e confiar em alguém.
A sua criança ferida precisa também de um aliado que não a envergonhe e que a apoie para testemunhar o abandono, a negligência, o abuso e a confusão.

Para curar as suas feridas é necessário que reconheça a sua dor.
Você não pode curar o que não pode sentir!
Quando experimenta o antigo sentimento e fica ao lado da sua criança interior, o trabalho de cura ocorre naturalmente.
Se quiser, poderá escrever. Escreva como se fosse essa criança.

O que é que ela pediria?
O que diria?
Escreva tudo que vier à sua mente, sem julgamentos.
Depois leia o que ela pede e procure atendê-la.

Lembre-se de que as carências que sente hoje podem ser resultado da falta de amor e compreensão que não recebeu quando era criança.

Cabe-lhe dar-lhe isso a ela hoje, dando-lhe muito carinho e a compreensão de que necessita, em vez de esperar que os outros façam isso por si.
Quando éramos crianças talvez não pudéssemos modificar ou entender a realidade, mas agora, adultos, podemos e devemos tornar-nos responsáveis por essa criança, como se fôssemos o nosso próprio pai e mãe.
Como se tem tratado? Com compreensão, amor?
Quando vai ouvir-se a si mesmo?
Espero que tenha autoconfiança suficiente para ser o aliado da sua criança interior no trabalho com a dor.
Não pode confiar absolutamente em ninguém, mas pode confiar em si mesmo.
De todas as pessoas que conhece na vida, é a única a quem nunca a vai abandonar e a única que nunca vai perder.
Entre em contacto com a sua criança.
Converse sempre com a sua criança e procure agradar-lhe.
Lembre-se do que gostava de comer na infância ou o que gostaria de comer hoje se fosse criança.
Vá comprar e delicie-se.
Como gostava de brincar? Lembre-se de algumas brincadeiras e não se acanhe, vá brincar!, com aualquer outra criança ou até mesmo só.
Que tal deixar-se rolar na relva?
Melhor ainda se for juntamente com aquela pessoa especial que ama.
Relembre, invente!
O importante é permitir-se ficar mais relaxado e muito mais alegre.
Logo irá perceber a diferença dentro de si.
O reencontro com a criança interior cura muitas doenças, feridas emocionais, diminui o stress, pois permite-lhe brincar, relaxar, enfim, traz você de volta à vida!
É importante lembrar que a necessidade desse encontro com a criança interior faz parte da jornada de todo ser humano que está em busca de crescimento.
Na realidade, o processo desse reencontro é a busca de si mesmo, do seu self, do seu verdadeiro "eu".
Para encontrar essa criança abandonada o mais indicado é através do processo analítico, ou seja, da psicoterapia com base no inconsciente, amparando essa criança e compreendendo os seus sentimentos, pois a cura só acontece quando lamentamos os nossos sentimentos mais íntimos.
Caso tenha dificuldade em fazer esse processo sozinho, procure a indicação de um profissional que trabalhe com essa abordagem.
Pense nas maneiras que poderá usar para entrar em contacto com sua criança interior:
- Faça uma lista com 10 maneiras de se divertir.
Que tal algumas actividades bem "infantis"? Pode ir a um parque de diversões, ao circo, desenhar com lápis de cor, enfim, escolha as suas próprias brincadeiras.
Feita a lista, procure envolver-se em pelo menos algumas atividades todas as semanas.
Espero que descubra muitas maneiras de se divertir! A sua criança agradece!
E lembre-se do que escreveu Jean Paul Sartre:
"Não importa o que fizeram conosco, o que importa é aquilo que fazemos com o que fizeram de nós".