Seguidores

terça-feira, 29 de junho de 2010

O Encanto do Entardecer




O sol se põe
amo o entardecer.

A minha alma se traduz
Com a beleza do firmamento.
Vejo muito romantismo
Com a perfeição da natureza.

Sinto-me frágil, sensível
Não é uma carência comum
Me transporto para uma magia
Consigo me sentir
Longe de mim mesma
Viajando em meus pensamentos.

A mistura que as cores formam
Deixa um rosa, amarelado
E o sol vai desaparecendo...
E na natureza, tudo está perfeito.

Na simetria dos raios solares
Com o sol pousado no horizonte
As nuvens passam no céu
Para explorar o fim do dia
O céu se torna
Um vermelho alaranjado
É tudo muito mágico.

O verão é poesia
Lembranças ancoradas
Na tarde da melancolia
Com o vento da tempestade.
A chuva...
Goteja pingos de vidro
Depois brilha à luz do calor
De contornos dourados
Na certeza do fim do dia
Do sol que ainda aquece.

A revoada das passarinhos segue
Para o efémero ninho quente
Pois a noite em breve virá.

A vida dá continuidade
com as estrelas a cintilar
com o desabrochar da lua
que nos vem para encantar

domingo, 27 de junho de 2010

" ORIZONTE "















A tinta anil que escorre ante meu longo olhar,
E faz meus olhos navegarem em sonhos doces
E abre na alma um lago prateado de luar
Que é tranquilo... como a paz que ele trouxe!
E como se fosse flor vou desfolhando o luar
Colhendo estrelas que dançam ao redor da lua
Eu vou estendendo mais e mais meu olhar
Até aonde o branco faz seu domínio e se perpetua...
Meus olhos se perdem nesta superfície nua
Que mais e mais minha limitação acentua
E sobre seu vazio eu encontro a sábia verdade
Que me faz entender o meu limite e da humanidade.
E uma voz então me diz em tom nítido e forte:
Deus te presenteou com esplendorosa natureza,
Mas além do horizonte só existe a inevitável morte
Tu és apenas um inquilino de toda esta beleza!
Além do horizonte Deus guarda suas melhores surpresas!

Andas pela vida
Andas...
Procuras lá longe
O que não encontras aqui
Segues a linha do horizonte
Segues...
No final do céu azul
Encontrarás alguma
Resposta...
Caminhas, que teu caminhar te
Mostrará...
Novos rumos, novas etapas
Encontrarás novos rostos
Novos perfumes, novos amores
Mas nada se compara ao que
Deixastes para trás...
Então sentirás um vazio por dentro
Sentirás que tua vida está
Incompleta...
Que mesmo na multidão estás
Sozinha...
Então entenderás, que tua procura
Foi em vão...
Descobrirás por ti só que sua vida
Se resume no que ficou lá atrás no
Horizonte...
E as lágrimas brotarão de teus olhos
E voltarás, encontrarás tua pegadas
Pois o vento do tempo ainda não
Soprou intenso
O suficiente para desfazer as marcas
E quando lá chegares
Entenderás...
Que és o começo, o meio
E o fim, de toda esta procura
Que o teu horizonte, és tu mesma
Que a linha do horizonte, é a linha
Da tua própria vida
Que o teu horizonte se resume no
que estás ao seu redor.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O Lado Bom Da Vida


Apesar de caminhos mutilados
e dos sonhos não alcançados;
apesar dos estilhaços, tropeços e fracassos;
das derrocadas inesperadas e cruéis,
de lutas comigo mesma, muitas cruentas,
dos embates com as incoerências
impostas pelo quotidiano;
Apesar das ingratidões marcadas pelo pranto
que desaba mesmo sem querer,
visto a dimensão do desengano;
amores aos quais nos demos tanto
e que se foram... e que perdoamos;
dos torpedos lançados à queima-roupa,
covardemente, sem aviso, de improviso
a arrancar-nos o chão... a alma e o coração...
Apesar das perdas irreparáveis
de entes queridos, admiráveis,
apesar do cansaço, da fria solidão, da ausência de abraços,
das dores mescladas com sorrisos
amargos e sofridos, escancarados e corrompidos;
ainda assim há o lado bom da vida,
de portas abertas a nos acolher.
Nem precisa bater...
Basta crer que vale a pena viver...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Silencie-se!

Uma receita que escrevo a mim mesma



Por alguns instantes,
Deixa de lado os pensamentos inquietantes,
O problema que parece não ter solução,
Tudo o que é conflituante,
A angústia que ás vezes é a própria ilusão...

Silencia-te!
A água mais turva fica clarinha sem movimento.
Deixa a tua mente livre, leve, pronta para soluções.
O agitado corre tanto e não chega a lugar nenhum,
O desesperado quando está se afogando, morre antes,
O aflito é quase sempre o que leva a pior parte,
Por isso, diante da maior dificuldade,
Silencia-te, acalma-te...

Não espalhes a tua dor, sê reservada.
Não aumentes o problema, não comenta.
Não prolongues o sofrimento. Não o valorizes!
Espera um pouco, antes de barafustares,
Antes de dar aquele tapa que coça a mão,
Antes de falar aquele palavrão.
Espere...

Olha o tempo!
Ele não corre, nem atrasa, simplesmente anda.
És tu quem te deixa levar pelo tic-tac.
Se espera a angústia, ela parece não ter fim,
Se é muita alegria, ela voa.
Então, se o momento é de sofrimento,
É tempo de oração, de jejum e meditação.
Se é alegria e contentamento,
É tempo de interiorizar-se, de curtir o momento,
De relaxar ao sol, de dizer: é o meu momento!

Isso!
Agora é vida nova!
Novo tempo, novo momento.
Cheire-se, respire o seu próprio perfume,
Valorize-se, gosta mais de ti.
Tudo é possível ao acreditares.
Então, acredita um pouco mais em ti mesma.
E prepare-se para vencer.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Que significa a palavra saudade…

Por se um sentimento que me assola tanto hoje em dia, por diversos motivos…
Dei por mim a ler estudos feitos sobre esta palavra que consegue reunir sentimento tão intenso

Saudade um sentimento que traz consigo uma dor imensa a qual somente quem ama realmente sabe o que significa, um sentimento próprio de cada pessoa, que embora tenha o mesmo significado cada um encara de uma maneira, podemos sentir saudades de quem esta perto e ao mesmo tempo longe, podemos sentir saudade de quem já mudou de dimensão, mas uma coisa que realmente é certa, é a questão de que a saudade é o sentimento que logo após o amor, todos tentam traduzir. Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar".

Diz a lenda que foi cunhada na época dos Descobrimentos e no Brasil colonial esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou acções. Provém do latim "solitáte", solidão.

Uma visão mais específica aponta que o termo saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o qual nutriria nostalgia. A génese do vocábulo está directamente ligada à tradição marítima lusitana.

Saudade é uma espécie de lembrança nostálgica, lembrança carinhosa de um bem especial que está ausente, acompanhado de um desejo de revê-lo ou possuí-lo. Uma única palavra para designar todas as mudanças desse sentimento é quase exclusividade do vocabulário da língua portuguesa em relação às línguas românicas; há mesmo um mito de que seja intraduzível. Porém, assim não acontece no que diz respeito à língua romena, em que existe a palavra "dor", correspondente semântico perfeito da "saudade" portuguesa (em romeno, a palavra portuguesa "dor" traduz-se por "durere"). Em galego existe a mesma palavra saudade, por vezes na variante soidade; os galegos também usam a palavra morriña ou morrinha com um significado parcialmente coincidente. Em crioulo cabo-verdiano existe a palavra sodade ou sodadi, directamente derivada da portuguesa saudade e com o mesmo significado.

Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos apontou a palavra "saudade" como a sétima palavra de mais difícil tradução

Pode-se sentir saudade de muita coisa:

de um amor
de um amigo querido.
de alguém que não conversamos há muito tempo.
de alguém ou algo que não vemos há imenso tempo.
de alguém que amamos e está longe ou ausente.
de alguém falecido.
de sítios (lugares).
de comida.
de situações.

A expressão "matar a saudade" (ou "matar saudades") é usado para designar o desaparecimento (mesmo temporário) desse sentimento. É possível "matar a saudade", relembrando, vendo fotos ou vídeos antigos, conversando através das novas tecnologias, reencontrando a pessoa que estava longe etc. "Mandar saudades", por exemplo no sul de Portugal, significa o mesmo que mandar cumprimentos.

A saudade pode gerar sentimento de angústia, nostalgia e tristeza, e quando "matamos a saudade" geralmente sentimos alegria.

Em Portugal, o Fado está directamente associado com este sentimento. Do mesmo modo, a sodade cabo-verdiana está intimamente ligada ao género musical da morna.

SAUDADE é uma das palavras mais difíceis de serem traduzidas!!!

E assim deixo mais um depoimento sobre essa palavrinha que hoje está moendo o meu coraçãozinho, mas que faço conta de me livrar a curto prazo com a ajuda de Deus.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Será que a vida tem sempre razão



Tanta coisa a gente vive...
Nem sempre a favor de nosso querer...
Mas a vida tem sempre razão...

Meu destino dizem foi traçado...
Num papel de papelaria...
Onde embrulharam os sonhos...
As emoções e alegrias...
E também minha poesia...

E assim eu sigo sempre sedenta...
De luz e de vida no meu caminhar...
Serei sempre esta menina...
Que brinca com a vida...
Seja na dor ou na alegria...

Meu universo está reduzido...
Eu escrevo e renasço a cada estação...
Onde preencho o vazio da solidão...
Com a beleza da mudança da natureza...

E se tiver de morrer amanhã...
Escrevo aqui meu ultimo desejo...
Que eu morra no cume de uma montanha...
Lá onde as flores se abrem com o raiar do Sol...
Lá onde o vento parece sussurrar cantigas angelicais...

E assim como em uma oração eu agradeço...
Obrigado – Grande Deus...
Que me ensinaste a métrica da Existência...
Neste plano terrestre por onde passei...
E aos amigos eu peço perdão...
Se algum dia eu os magoei...

E assim a vida tem sempre razão...
Mais um Solstício de Verão inicia
Com a esperança de um novo amor...
Ainda que eu desconheça a razão,
Só consigo viver com muito amor.

domingo, 20 de junho de 2010

Escrever... Pensamentos Soltos




“Merecem louvor os homens que em si mesmos encontraram o impulso, e subiram nos seus próprios ombros ”

Não sei o autor desta afirmação, que ouvimos tanta vez e parece tão comum, mas…
como há sempre um mas… olhei para ela e reflecti.

Porquê essas diferenças?

Em qualquer âmbito profissional, é fácil ver como há pessoas que sobressaem pela sua perseverança e dedicação ao trabalho, e isso faz com que superem outros colegas que possuem uma capacidade intelectual bastante mais elevada. Porque sucede isto?

Porque é que uns conseguem manter esse esforço durante anos e outros não, ainda que o desejem?

Quase todas as pessoas desejariam chegar a uma situação profissional mais elevada, e a maioria delas tem talento pessoal que sobra para o conseguir. Porque é que uns conseguem transformar esse desejo numa motivação diária que os faz vencer a inércia da vida, e outros, pelo contrário, não?

Porque é que há crianças que estudam constantemente sem que pareça custar-lhes muito, e outros, pelo contrário, não há maneira de o fazerem, ainda que os castiguem, e que se lhes fale claramente, serenamente, das consequências que a sua preguiça lhes vai trazer?

Parece claro que estamos a falar de algo que não é questão de coeficiente intelectual:

É fácil verificar que as pessoas mais esforçadas e motivadas não coincidem com as de maior coeficiente intelectual.

Há pessoas inteligentíssimas que são muito preguiçosas, e há pessoas de muito poucas luzes que mostram uma perseverança admirável. Porquê?

- Será uma questão de força de vontade, suponho eu.

Sim, mas falta uma motivação para pôr em andamento a vontade. Como assinalou o Senador Enrique Rojas, a partir da indiferença não se pode cultivar a vontade. Para se ser capaz de superar as dificuldades e os cansaços próprios da vida, é preciso ver cada meta como algo de grande e positivo que podemos e devemos conseguir. Por isso, nas pessoas motivadas sempre há “alguma coisa” que lhes permite obter satisfação onde os outros não a encontram; ou alguma coisa que lhes permite adiar essa satisfação (a maioria das vezes a motivação implica um adiamento, pois supõe sacrificar-se agora que reforçam o seu entusiasmo e a sua persistência perante os contratempos normais da vida.

Mas sabemos também que os sentimentos nem sempre se podem produzir directa e livremente. A alegria e a tristeza não se podem motivar da mesma maneira que fazemos um acto de vontade. São sentimentos que não podemos governar como governamos, por exemplo com o fim de conseguir mais tarde algo que consideramos mais valioso).

Parece claro que nas pessoas motivadas há toda uma série de sentimentos e factores emocionais, os movimentos dos braços. Podemos influenciar a alegria ou a tristeza, mas apenas de maneira indirecta, preparando-lhes o terreno no nosso interior, estimulando ou repelindo as respostas afectivas que vão surgindo espontaneamente no nosso coração.
.../...

sexta-feira, 18 de junho de 2010




Acordei! Para mais um dia, o de hoje esteja trazendo o novo, a hipótese de mudança e sempre a construção de um novo voo!

Que o agora seja vibrante em nossos corações, com projecções futuras, construídas nas experiencias de memórias passadas, e abertos a inovações do futuro.

Vamos experimentar o abandono dos pesos.
Vamos tentar ser como o pássaro que cantam lá fora nesse exacto momento, ser como a árvore que faz a sombra amena,como o sol que reflecte vida a cada segundo…

Sintonizar o nosso “EU” nesse instante que está chegando,
porque ele revela a única existência verdadeira e respira cheio de infinitas possibilidades reais.

O instante de agora traz nele a mais pura semente geminável,
aquela que é capaz de transformar todos os nossos conceitos condicionados.

Sentir o contacto, o toque suave desse dia, fechar nossos olhos e tentar absorver o agora, entendendo como é grande o presente da energia do Universo, percebendo a grandiosidade que nos é oferecida quando abrimos realmente os braços para recebê-lo sem tensões, sem as interferências da mente, sem os pensamentos que o anulam.

Recebê-lo com as portas do coração abertas e renascer,
mergulhar, conhecer a consciência de ser na exuberância desse instante.

Como borboletas que seguem em direcção à Luz, que cada um de nós saiba abandonar os antigos casulos e voe em direcção ao brilho da vida que está começando agora.

Obrigado por mais este hipótese de crescimento espiritual, intelectual, e estar com saúde e o coração cheio de AMOR.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Queria eu mudar o mundo?... “Como” pensei

 

Queria eu mudar o mundo?... “Como” pensei

Então resolvi exegeticamente

Pegar num SORRISO e doe-o a quem jamais o teve.
Pegar num raio de sol e faça-o voar lá onde reina a noite.
Pegar uma lágrima e pô-la no rosto de quem jamais chorou.
Pegar a coragem e pô-la no ânimo de quem não sabe lutar.
Pegar a esperança e viver na sua luz.
Pegar a bondade e doe-a a quem não sabe doar.
Descobri uma fonte e faço banharem-se quem vive no lodo mental.
Tenho a vida e narro-a a quem não sabe entendê-la.
Tenho AMOR e dou a conhecer ao mundo.

terça-feira, 15 de junho de 2010


Cerca de sete dias e meio depois da Lua Nova, a Lua deslocou-se 90° em relação ao Sol e está na quadratura ou primeiro quarto, por isso, chamamos essa fase da lua de quarto-crescente.
Seu aspecto é o de um semicírculo voltado para o Oeste. A vista do hemisfério Sul nos permite visualizar algo que se parece como sendo a letra “C” do nosso alfabeto – enquanto no hemisfério Norte, a lua crescente se parece com a letra “D”.
Nessa fase, na Natureza a seiva flui em direcção as folhas, o que faz com que essa época seja excelente para transplantar e enxertar. E conforme a luminosidade da lua começa aumentar, o momento fica propício para semear tudo que cresce acima do solo: como frutas, grãos, flores, algumas verduras e leguminosas. E é nesse momento também que devemos colher frutas consideradas lunares, tais como: melancia, pepino e melão…
Por essas razões que dizemos que a lua crescente nos propícia o momento de tecer as ideias, os projectos, e outros ideais. A lua está gradualmente aumentando sua luz para os nossos olhos e para tudo a nossa volta.
É claro que precisamos sempre nos lembrar que a Lua está lá e só interfere no nosso quotidiano se assim a gente permitir. Para tal, é preciso equilíbrio e acima de tudo: respeito.
A fase crescente da lua trás em seu contexto a simbologia da Deusa Donzela, Rhiannon que aos poucos começa a tomar para si os mistérios da vida e ela mesma se dedica a costurar seu destino com finos fios de seda.
Por isso ao aprecia-la, nesta noite maravilhosa que tenho o prazer de contemplar, antecipadamente pois só a 19 é que é Q.C. faço-lhe a minha,

Prece

Cantem os pássaros de ouro
Tragam esperanças para o meu olhar
Vista-me com sons dourados
Enfeite-me com o teu silêncio de prata
Permita-me ter asas sempre que necessário

Cantem as gaivotas apaixonadas
Despertem o amor que adormece em meu peito
Vista-me com a poesia das noites de luar ameno
Enfeite-me com a ternura do seu olhar
Permita-me tecer minhas histórias

Deusa Rhiannon – da espera constante
Da verdade por trás da mentira
Dos sentimentos intensos
Mulher que constrói o depois
Que esta prece seja a minha meditação
nessa noite de crescente luar

Que minha alma saiba te encontrar no céu
Que meus passos saibam ser cautelosos
Que meu destino seja o que eu semear
Namaste

segunda-feira, 14 de junho de 2010

"Paraíso habita em mim"



Eu achava que era forte
Até descobrir a força da saudade;

Eu achava que era madura
Até provar o amargo da frustração;

Eu achava que era sensata
Até conhecer uma paixão.
Na verdade...
Sou mais que forte
Sou a personificação da força que luta contra a saudade
Sou mais que madura
Por aceitar que a frustração não lapide o espirito
E sobretudo...
Sou mais que sensata
Por acalmar uma paixão que advém da dor da alma
E um amor tem sempre de ser a dois.
Por tudo isto o...
“Paraíso…” está em mim...
Hoje eu sei que uma lágrima destrói mil sonhos,
enquanto que um sorriso constrói mil amigos.

Também sei que não é necessário um naufrágio,
para se colher estrelas no oceano.

E se meu desejo é falar com as rosas,
preciso antes saber sua própria linguagem.

Demorei, mas entendi que posso ser anjo no papel de mãe,
que posso ser canção no vôo de um pássaro e
que posso ser poeta sem deixar de ser pessoa.

Percebi que sou o céu sendo simplesmente eu mesma
porque o paraíso habita em mim,
e se manifesta a cada gesto de carinho meu
Também no que eu escrevo em forma de poesia… reflexões…
pensamentos, sentimentos, o que quiserem…
Porque só pertendo uma coisa viver com muito amor,
e só por isso o "Paraíso habita em mim"

domingo, 13 de junho de 2010

QUERIA EU



Quero ter asas
Para voar sobre a terra e o mar
Chegar junto de ti
Observar o que se passa
Tentando compreender
Cada gesto teu
Não quero te censurar
Não irei te interrogar,
Nem tão pouco te interromper,
Simplesmente quero te compreender.

Queria eu entrar
No teu coração agora
Conhecer a profundeza dos pensamentos
Não por curiosidade
Mas por grande necessidade
De te conhecer um pouquinho
Para sair deste impasse
Que me deixa ora triste, ora indecisa
E muito inquieta.

Queria eu ouvir tua voz
A dizer que está tudo bem
Que não estás em guerra de silêncio
Nem a testar os meus sentimentos.

Queria eu ter certeza
Que resolvestes te isolar
Para melhor pensar
E neste meio tempo
Não houve nenhum contratempo
Que pudesse nos separar

Queria eu agora falar ou estar contigo...

" AMIGO "


Amigos - Sejamos para que tenhamos

Normalmente as pessoas aparecem no nosso caminho, se tornam nossos amigos, não por acaso, pois este não existe, no entanto algo que a princípio ás vezes inexplicável faz com que haja a simpatia da troca de palavras, afinidades, olhares, alguns precisando de amizade, atenção, outros em busca de informações, outros querendo sair da solidão, outros sem nenhum objectivo mas conscientes que estão dando tempo ao tempo, outros entregue à deriva, querendo simplesmente semear inimizades em prol de algo que desconhecemos, enfim, existe inúmeras razões sem especificar exactamente quais são ou o que desejam, daí então começa a desencadear uma amizade entre seres que tem o mesmo objectivo, é a famosa "química" se acasalando na tentativa de um final feliz.

Amigos são jóias raras quase em extinção.

A amizade cresce no decorrer dos dias, como plantas, as sementes brotam pelo carácter de cada um, transbordando voluntariamente sem que a pessoa doadora perceba, quando a erva é daninha não sobrevive por muito tempo, seus espinhos ferem despertando cuidado, naturalmente muitos não desejam nem passar por perto, é a lei da natureza, há bons e maus frutos.

Seu coração é um jardim cuide bem dele, não deposite nele adubo para proliferação de raízes da maldade, injustiça, mentira, da má interpretação, ou inveja, com ramificações de mágoas, desamor, pessimismo e cinismo, seja cauteloso, se ame, não se deixe levar por engodos, acidentes acontecem sem premeditá-los, procure usar o fertilizante do amor da honestidade do respeito, sem medos e retire sempre do seu jardim as folhas secas da maldade dos julgamentos precipitados, da vingança, ódio e falsidade dando espaço para os frutos da paz, alegria e felicidade, elimine os galhos podres da hipocrisia, deixe germinar os galhos do amor, da fidelidade.

Para ter amigos é necessário querer, e também ser amigo, vale a pena arriscar-se numa amizade, lembre-se que ninguém é infalível, cada um dar o que mais guardado tem dentro de si, nunca sairás perdendo, aprenderás com os erros e acertos, se falharem contigo não desista da sua integridade, perdoe... e se falhares com alguém tenha a grandeza do reconhecimento dos teus erros, revele-se, a amizade deve ser transparente, sem mágoas, sem mentiras, acima de tudo deve haver lealdade de sentimentos, falando de todos os pontos de vista, porque sempre no dialogo é que se faz a luz, e em pontos de vista diferentes é que está o aprendizado, só assim nasce uma amizade verdadeira e se houver ou tiver afinidades com certeza serão bons amigos, arrisque sempre avaliando o conhecimento.

Um Bom Domingo a todos os meus amigos um grande obrigado por me ajudarem a crescer, como pessoa.

sábado, 12 de junho de 2010

Saudade...



Palavra genuinamente portuguesa
Para classificar um estado de alma
Mas verdadeiramente sentida… e
Saudade de quê?
daquilo que vivemos...
Ou do que imaginamos querer ter vivido?
Saudades do que tivemos...
Ou do que queríamos ter?
Saudade...
Que palavrinha esta...
Que enigmas traz...
Palavra que tanto diz...
Que tudo mostra ao querer...
E pouco traz ao nosso viver.
Pois...por mais que magoe...
De saudade não se pode viver!
A melhor coisa é...
Continuar a acreditar...
Que boas pessoas vou encontrar...
Neste meu caminhar...
Pessoas essas que me ajudem...
Pessoas a quem eu possa ajudar...
No obscuro e doce caminho...
Chamado vida!
Quanto à saudade...
SAUDADE?
O que é a saudade?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O DEUS QUE HABITA EM MIM!


O Deus que habita minha Alma,

Vem da aurora dourada
Com seus raios purificadores
Que renovam as Esperanças e a Fé
Para um novo dia...

Vem dos lírios dos campos e
Dos jardins floridos...
Vem do crepúsculo do Sol com
Seu espectáculo de cores douradas
No horizonte...

Vem da noite enluarada
Com suas estrelas brilhantes,
Reluzentes, estrelas cadentes
E sua Lua encantada...

O Deus que habita minha Alma,

Vem do divino orvalho
Da madrugada
Com suas gotículas prateadas
Caindo sobre as flores delicadas...

Vem do lindo azul do mar,
De toda à natureza,
Das matas de retalhos verdejantes,
Do Canto dos passarinhos

Vem dos Salmos de David....
O Deus que habita minha Alma
É o Deus do Amor incondicional,
Da mística rubra flor,
Do peregrino e trepidante beija-flor,
Dos nobres sentimentos
E enlevados pensamentos...

Vem da chuva que faz brotar...
Vem do místico arco-íris
Com suas cores sutis...
Vem da melodia
Da inspirada poesia...

Enfim, o Deus que habita em mim
É o mesmo que está em toda parte.

Surpreende-me


Surpreende-me com serenas palavras
Com o olhar do dialeto do coração
Que traga a mão para balouçar
A macies da suave pele da emoção

Surpreende-me com a celebração
Do beijo que traz o perfume da flor
Que faz perder o folego na paixão
Sair da alma simplicidade e não dor

Surpreende-me com a inteligência
Da união cumplice do grande amor
Do não que alicerça a desistência
Responsável pelo choro sofredor

Surpreende-me com compreensão
Com razão da benevolência incólume
Com a luz que ensina a trilha da afeição
Da felicidade...Ventura... Surpreende-me!

terça-feira, 8 de junho de 2010

A Elegância do Comportamento
















Elegância do Comportamento

Actualmente existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: “a elegância do comportamento”.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã, até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma, nem fotógrafos por perto.
A elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom e um son superior de voz.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante não dizer palavrões.
Sobrenome, jóias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação.
Educação, civismo, tolerância está enferruja por falta de uso.
"LEMBREM-SE de que colheremos, infalivelmente aquilo que houvermos semeado.
Plante apenas sementes de sinceridade e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade. Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou."
Desejo a todos aqueles que ler esta reflexão: muita luz, nunca esqueça de plantarem diariamente a semente do amor, pois esse é o unico sentimento capaz de transformar uma pessoa e mudar o mundo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Vontade de Escrever um Poema...














Sabes?

Hoje tive necessidade de escrever um poema...
Liguei o PC e fiz o login do blogue...
Coloquei a opção para um novo poster...

Tentei-me inspirar...

Mas as palavras não saíram...
Afinal...o que eu iria escrever?
Tinha que arranjar um ponto de partida...
Um título...
Mas nada...
Senti o meu peso completo em nostalgia...

Talvez pela casa vazia...

Ou por me sentir sozinha...

Sinto-me vazia...
Vazia de mim...
Mas...apesar de vazia nada cabe em mim acho...
Não sou poema mas sei que tenho valor...
Procuro o quê?… o inserto?...
Então...pouso o PC...

Olho pela janela...
A chuva cai lá fora...
Inspiro o ar húmido...
O cheiro a terra molhada...
Fecho os olhos...
A vontade de escrever o poema já lá vai...
Junto com a minha vida, sinto o coração vazio...
Sinto a procura do que o alimenta...
Procuro na minha vida vazia....
Onde há mais desencontros que encontros....
Mais partidas que chegadas....
Onde há mais lágrima que risos...

E o poema!...
Não deixa de por hoje ser uma página vazia...

sábado, 5 de junho de 2010

Eu e a Vida

Quando as emoções dominam a angústia
e a necessidade mergulha no desconhecido,
o segredo para a desmitificar o ponto
onde todos os pontos se convergem
é a execução da honestidade intelectual.
o regresso compreensível confunde-se com a secura
e surpreende-nos.
hábitos mentais
fecham-se em suas imagens estéticas.
Com a lucidez renasce
a esperança e a sobrevivência.
Paralelamente à coragem de prosseguir
travam-se combates entre o corpo presente
e o esforço individual.
O imediato interesse mesclado difunde-se
e desprende-se do humano profundo.
Para aprovação da expectativa
perante o ritmo no seu estado mais puro,
ruídos crescem nos subúrbios deserdados.
Envergaduras inspiradas desde a tenra infância
causam sensações de estranheza
e pequenos fenómenos hiperactivos
constituem uma espécie de antídoto
à mecanização da autenticidade contemporânea.

do

Eu e a Vida



Vivi
o que tive de viver!


compreendo a vida,
olhando para trás!


posso viver a vida,
olhando para a frente!

O passado
não se apaga,
o futuro
vou recomeçar!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ausências...

Faz hoje dois anos que escrevi isto a uma amiga,
Que num lindo dia de convívio entre amigos,
Onde o marido, vendendo saúde, com o seu espírito
Jovial jogava ténis, como era habito fazer ao fim de tarde,
Ela o viu cair e não mais se levantou, partindo sem se despedir
Para uma viagem sem regresso.

No dia que fazia o ano eu lhe dei um mimo e junto lhe escrevi isto.

“Não tenho o poder de tirar tua dor,
E acredito que ninguém o tem.
Nem mesmo Deus pode interferir no nosso livre arbítrio


Se é tempo de chorar, chore,
Se é tempo de geme, gema,
Se é tempo de recordar, recorde,
Se é tempo de saudade profunda, sinta-a.


Mas, não se demore além do tempo necessário.
Tempo que o próprio tempo vem lhe dizer.
Este sim, poderoso consolador,
Vem abrandar, jamais apagar,
A marca da dor, usando a alquimia das horas,
A magia simples do amor.


Por isso,
Não te peço que esqueça o ente querido,
Ou o amigo inesquecível que morreu.
Não te peço que arrume outro amor hoje,
Para esquecer este que tanto marcou e partiu.


Nem sou louca para te pedir
Que perdoe ou esqueça imediatamente,
O momento inexplicável onde tudo aconteceu.
Nem eu, nem tu, nem Deus, que tudo espera.


Senhor do tempo, Senhor do Amor,
Envia conforto, para a alma aflita,
Na forma de uma música bonita…,
Uma mensagem bem escrita,
Ou uma poesia, ainda que sem rima,
Que toca no coração,
Que Pega sua mão e diga:
“Vem”, é tempo de renascer.


Se a lágrima que ainda rola no seu rosto,
Queima a face, é tempo de reflectir.
Talvez seja a hora de recomeçar o caminho,
Seguir pela estrada que ainda reclama passos,
Ir adiante, além da dor e do grito,
Rumo ao seu futuro, rumo ao infinito.


Porque:
Deus te ama profundamente...”

Mal sabia eu que um ano depois eu também estaria
Na mesma situação e teria que Interpretar
O que eu mesma escrevi para lhe ajudar,
E interiorizar tudo o que lhe tentei transmitir, porque,
Ao ler isto pensei Meu Deus quem me dá a mão… quem me
Escreve… e disse para mim mesma “tu” está tudo em ti olha á
Tua volta e deixa que se aproximem…

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Rock in Rio Lisboa 2010 Mariza - Oh Gente de minha Terra -












Experiencia maravilhosa de um banho de juventude, com uma vozeirão emocionante, uma tema tocante, momento unico. E EU FOI... ESTOU LINDO...

A nossa criança interior.





















Já fora do dia da criaça e ao ler um apontamento de um grande amigo levou-me a pençar na criança que temos todos dentro de nós, e muito esquecida a partir de uma serta altura da vida, e pior muitas vezes adandonada e desconhecida da meioria então resolvi dedeicar-lhe 0 meu tempo e escrever o que sei sobre esse tema.


"A imagem da criança representa a mais poderosa e inelutável ânsia em cada ser humano, ou seja, a ânsia de se realizar a si próprio."Carl Gustav Jung.

Geralmente lembramo-nos de todas as crianças que estão à nossa volta:-Filhos, primos, netos, sobrinhos, vizinhos, filhos de amigos, mas, provavelmente esquecemo-nos da principal:

A nossa criança interior.

É isto mesmo, existe dentro de cada um de nós uma criança de 3, 4 ou 7 anos que precisa muito de nós.

Embora isto possa parecer estranho, é muito importante esse reencontro para o nosso crescimento emocional, pois através do contacto com a nossa criança podemos curar muitas de nossas feridas e compreender muitos de nossos conflitos.

A criança interior representa a nossa totalidade psíquica, a parte genuína que vamos perdendo quando nos tornamos adultos.

Ela está presente nos nossos sonhos, fantasias, desejos, imaginações, intuições, na nossa capacidade de brincar, imaginar, criar e principalmente, na sensibilidade.

Para cuidarmos dela é preciso reconhecer a sua presença e perceber as suas necessidades.

Ao estabelecer contacto com a sua criança interior, sem dúvida irá conseguir libertar muitas emoções que estão presas em si desde a infância.
Em alguns momentos, esse encontro pode ser muito doloroso, pois não é fácil recordar o que nos fez sofrer, mas ao mesmo tempo é libertador lamentar com ela as suas dores reprimidas, deixá-la chorar livremente e principalmente descobrir que não é verdade o que nos fizeram acreditar sobre quem somos.

Mas é possível transformar toda a dor ao reencontrar com essa criança que está dentro de nós e que apenas espera pelo nosso amor.

Na nossa criança interior, tanto os momentos bons como os maus, estão gravados.

O objectivo de reencontrar essa criança é resgatar o que houve de bom e reeditar/trabalhar o que houve de mau.

Quando perdemos a conexão com a nossa criança, sentimo-nos abandonados, sozinhos, mesmo quando acompanhados, ou ainda, tornamo-nos duros, inflexíveis, frios, agressivos.

A criança interior abandonada torna-nos adultos com medo de errar, sempre à procura de aprovação, reconhecimento, enfim, sempre à procura de amor.
Quando choramos, é a nossa criança abandonada chorando.
O modo como fomos tratados quando crianças é o modo como nos trataremos pelo resto da vida e o modo como muitos ainda tratam os seus filhos.

Inconscientemente, transformamos a nossa vida numa eterna corrida, buscando desesperadamente encontrar o que julgamos não termos recebido, e tentando resgatar depois de adultos, ainda que muitas vezes de forma destrutiva, aquilo que acreditamos não ter tido quando crianças.

Mas isso pode mudar ao reencontrar a sua criança interior abandonada e perdida.

Todos aqueles que têm uma relação negativa com a figura de pai e/ou mãe podem ter a origem desse facto na infância, quando registaram que não receberam atenção e afecto suficiente quando crianças.

Quando adultos, continuam a sentir-se indignos de amor, e por isso, punem-se, mantendo relações complicadas ou ainda, repetindo os padrões que ficaram registados.

Outras pessoas deixam-se influenciar por toda a vida por padrões,frases como "criança não dá palpite" ou "criança não sabe o que diz".

E mesmo depois de adultas, omitem as suas opiniões e continuam a achar que as suas idéias não têm qualquer valor.

Outras ainda passam o tempo inteiro pedindo desculpas por existirem, como se fossem incapazes de parar de ouvir aquela frase ouvida na infância:

- "É tudo culpa tua".

Em geral, levamos dentro de nós uma imagem da infância ideal, aquela em que o acolhimento e demonstrações de amor foram perfeitos.

Essa imagem muitas vezes poderá ser projectada nos outros e lamentando por um ideal, idealizamos relacionamentos e aumentamos a nossa solidão e dor.
A criança só pode expressar os seus sentimentos quando existe alguém que os possa aceitar completamente, sem críticas, julgamentos, comparações, entendendo-a e dando-lhe apoio.

O que raramente tivemos.

Quando a criança não sente permissão para expressar sentimentos, sejam estes quais forem, ela aprende que os seus sentimentos não importam, não se sentindo valorizada, amparada, amada.

A criança pensa que para satisfazer as suas necessidades não deve demonstrar que tem necessidades, reprimindo assim os seus sentimentos mais puros e com isso uma parte de seu verdadeiro “EU”

Para curar as nossas emoções reprimidas, temos de sair do esconderijo, enfrentar as defesas, as máscaras e confiar em alguém.
A sua criança ferida precisa também de um aliado que não a envergonhe e que a apoie para testemunhar o abandono, a negligência, o abuso e a confusão.

Para curar as suas feridas é necessário que reconheça a sua dor.
Você não pode curar o que não pode sentir!
Quando experimenta o antigo sentimento e fica ao lado da sua criança interior, o trabalho de cura ocorre naturalmente.
Se quiser, poderá escrever. Escreva como se fosse essa criança.

O que é que ela pediria?
O que diria?
Escreva tudo que vier à sua mente, sem julgamentos.
Depois leia o que ela pede e procure atendê-la.

Lembre-se de que as carências que sente hoje podem ser resultado da falta de amor e compreensão que não recebeu quando era criança.

Cabe-lhe dar-lhe isso a ela hoje, dando-lhe muito carinho e a compreensão de que necessita, em vez de esperar que os outros façam isso por si.
Quando éramos crianças talvez não pudéssemos modificar ou entender a realidade, mas agora, adultos, podemos e devemos tornar-nos responsáveis por essa criança, como se fôssemos o nosso próprio pai e mãe.
Como se tem tratado? Com compreensão, amor?
Quando vai ouvir-se a si mesmo?
Espero que tenha autoconfiança suficiente para ser o aliado da sua criança interior no trabalho com a dor.
Não pode confiar absolutamente em ninguém, mas pode confiar em si mesmo.
De todas as pessoas que conhece na vida, é a única a quem nunca a vai abandonar e a única que nunca vai perder.
Entre em contacto com a sua criança.
Converse sempre com a sua criança e procure agradar-lhe.
Lembre-se do que gostava de comer na infância ou o que gostaria de comer hoje se fosse criança.
Vá comprar e delicie-se.
Como gostava de brincar? Lembre-se de algumas brincadeiras e não se acanhe, vá brincar!, com aualquer outra criança ou até mesmo só.
Que tal deixar-se rolar na relva?
Melhor ainda se for juntamente com aquela pessoa especial que ama.
Relembre, invente!
O importante é permitir-se ficar mais relaxado e muito mais alegre.
Logo irá perceber a diferença dentro de si.
O reencontro com a criança interior cura muitas doenças, feridas emocionais, diminui o stress, pois permite-lhe brincar, relaxar, enfim, traz você de volta à vida!
É importante lembrar que a necessidade desse encontro com a criança interior faz parte da jornada de todo ser humano que está em busca de crescimento.
Na realidade, o processo desse reencontro é a busca de si mesmo, do seu self, do seu verdadeiro "eu".
Para encontrar essa criança abandonada o mais indicado é através do processo analítico, ou seja, da psicoterapia com base no inconsciente, amparando essa criança e compreendendo os seus sentimentos, pois a cura só acontece quando lamentamos os nossos sentimentos mais íntimos.
Caso tenha dificuldade em fazer esse processo sozinho, procure a indicação de um profissional que trabalhe com essa abordagem.
Pense nas maneiras que poderá usar para entrar em contacto com sua criança interior:
- Faça uma lista com 10 maneiras de se divertir.
Que tal algumas actividades bem "infantis"? Pode ir a um parque de diversões, ao circo, desenhar com lápis de cor, enfim, escolha as suas próprias brincadeiras.
Feita a lista, procure envolver-se em pelo menos algumas atividades todas as semanas.
Espero que descubra muitas maneiras de se divertir! A sua criança agradece!
E lembre-se do que escreveu Jean Paul Sartre:
"Não importa o que fizeram conosco, o que importa é aquilo que fazemos com o que fizeram de nós".