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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O meu Novembro



Sentei-me na cadeira de baloiço, onde gosto de meditar, erguer o pensamento e nas asas da coerência voar…observei o espaço onde me movo entre palavras, rostos e avatares.

Tudo que contemplo é um espaço amplo por onde todos e tudo têm lugar.

As boas novas e novas tão antigas como o tempo, a perversidade viaja pelos menos trilhos que a claridade e quantas vezes vestida da mesma cor.

Já recebi punhais de mãos sem nada e gestos de louvor de avatares de grande emoção, confiar e entregar num rosto oculto tudo que somos na forma de “sermos”.

Como estamos no virar de página de um ano, fiz um regresso ao passado…antes de tudo, e nada disto era possível nem sequer imaginário na ilusão de cada poeta ou amante da escrita…

Mas este é o mero instrumento, aquele que me ensina me comove e me faz partilhar as palavras que de mim se soltam. Saber que uma palavra dá emoção e vida a um outro olhar!

O motivo da divagação é mesmo esta ferramenta que se toca com a sensível ponta dos dedos, ou com as raízes da perversidade que existe e todos sabemos que sim. Pensar que é só na casa ao lado que caí o telhado é o mais crasso erro da humanidade!

Nesta viajem de baloiço oscilam os pensamentos e descubro que somos instrumentos vulneráveis, como que um clic de sedução e corremos de passo certeiro ao encontro do abismo. Deambulei mais um pouco e uma explosão de sensações acordou a minha mente…, e pensei para quê ainda estar a olhar para traz se o ontem não existe e amanhã nem sei se me pertence e o aqui e agora que é meu o que estou a fazer por ele , e rapidamente pensei, nem eu sei…. Mas o que sei é que quero viver amar e continuar.