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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O que me salva!?…



Salva-me, o meu riso,
a criança que há em mim
o nómada do pensamento
o voo alto e solitário dos pássaros
o ver distante
e o estar tão perto,
mesmo assim.

salva-me a viagem
que quer ser sem fronteiras
a liberdade interior
a independência
a força
o encarar dos medos

o Amor

o aceitar humilde da dor

o não ter medo de errar

e o acreditar
ser capaz

de aprender

de ensinar

e de criar
nova mente

sim

e salva-me o prazer
sem culpa
de viver assim

não temendo o conhecido
já desenhado
nem o desconhecido sequer

aceitar-me no salto
em pleno escuro

desfazer o muro
da aparência

salvam-me os olhos, muito
distraídos atentos cegos
claros curiosos perdidos
iluminados ou negros

olhos que desenham
e são desenhados

olhos cansados
estimulados
pacientes
sempre
renovados

olhos apaixonados
pelo ser humano
em ti e em mim

somos um velho novo mundo
a cada novo dia sem fim.

não estamos parados
somos movimento,
sim!