Aqui fica uma reflecção uma vontade um momento, de tecla
e tela, pois com a evolução nem lápis nem papel.
Em função do desaparecimento de pessoas que se tornaram públicas e queridas fez-me pensar:
MORTE QUE MACHUCA VIVOS
Infelizmente os ocidentais criaram para si uma cultura da
morte que não é a melhor, felizmente que os tempos os pensamentos a forma de
ver e estar na vida estão a mudar e estamos a acreditar mais , e a derrubar dogmas a termos fé , a deixar cair
programações de educação que nos amarram, a sentimentos dúbios como os de posse de perca que nada condizem com
amor felicidade , pois o apego é exactamente o oposto do amor, o amor diz :”quero
que sejas feliz “ o apego diz: “quero que me faças feliz”, mas no entanto, até
os espíritas,
cientes da vida imortal e da comunicabilidade dos espíritos, conseguem baquear
perante a "visita ingrata do anjo da morte" que, em verdade, tem sido
a maior amiga de todos os sofredores.
Estranho penso no que se vê e sente, que tantos prefiram
o ente querido sofrendo a vê-lo liberto da dor, só porque continuará sob o
alcance de seus olhos físicos - esquecem que ele poderá ser mais feliz em
outras paragens.
Tantas pessoas creem em Deus e ignoram que, à exceção do
suicídio, todos desencarnam somente quando chegou a hora e a forma por ELE
determinada, pois isso será o melhor, para o seu bem supremo. Dizem possuir fé
na vida imortal, mas lamuriam porque "perderam" alguém amado. Fazem
parecer que a vida acabou em todos os sentidos, não só físico, e tentam provar
com gritos e choros, que seu amor é maior que os demais, no entanto a morte
liberta a alma que foi exilada na Terra e mesmo assim o egoísmo humano é tão
grande, tão poderoso, que não consegue perceber que não é "pecado"
algum aceitar que a piedosa morte se encarregue de retirar fardos pesados de
ombros muitas vezes já fragilizados pelo sofrimento, ou porque o seu percurso
já está feito.
Não há crime chorar pelo que parte, como quem dá adeus no
aeroporto ao que segue para o outro lado do planeta em viagem demorada.
Negativo é agir desequilibradamente a ponto de desequilibra todos a sua volta,
a ponto de sua energia repercutir naquele que parte e não poder voltar atrás. Era
bom pensar em como reagiriam os entes queridos "mortos", se vissem o
sofrimento que nasce do seu bem estar! ou não? No entanto eles veem... sentem... sofrem por isso, ainda
que sua luta tenha acabado na Terra.
Não vou dizer que não penso na morte, algumas vezes me deparo
a pensar, no entanto quero morrer em paz, pronta, com dívidas pagas no que me
propus a fazer nesta viagem à terra. Não
quero ser alvo desse tipo de manifestação de amor. Quero uma morte limpa,
tranquila, quero saudades verdadeiras, sinais de que fiz alguma diferença, não
quero desequilíbrios que me façam sentir angústia de querer ficar ao invés de
partir, para solucionar o que já não depende de mim.
Quando penso na minha morte material, a primeira coisa
que me vem em mente é "quem não é visto, não é lembrado". Por isso caixão
fechado, por favor! Que fiquem apenas os que se importam e os que oram, os que
se contentam com as memórias, pois de número de conhecidos que talvez fizessem
um "social", todas as vidas estão cheias. A alegria sincera e
discreta pela minha libertação, a confiança no reencontro, a certeza de que
Deus vela o meu novo caminho com velou em vida carnal, seriam os maiores
presentes que me poderiam dar na minha grande viagem... para o ambiente ser
leve não se esqueçam de musica e de rir pois eu sou mesmo assim.
Mesmo a história mais feliz termina no último capítulo,
com a morte. Melhor do que ignorá-la, é estar pronta para recebê-la com a
consciência em paz, e saber que fez tudo o que soube e foi capaz.
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